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Campo Grande, 19 de abril

Embrapa usará dados espaciais para monitorar lavouras de todo o Estado

Acordo entre associação de produtores de soja e a empresa vão viabilizar o mapeamento de áreas para a expansão de lavouras

Por Ronie Cruz
23/06/2018 • 08h57
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Embrapa e Associação dos Produtores de Soja do Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) vão celebrar um acordo técnico para desenvolvimento de um sistema informatizado de apoio à tomada de decisão na gestão de risco em áreas de uso agropecuário do estado sul-matogrossense. As bases da parceria foram discutidas na Embrapa Solos (RJ), na segunda-feira (18), e a previsão é execução em 2019.

A ferramenta a ser desenvolvida será uma evolução do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga/MS), criado pela Aprosoja para monitorar lavouras a partir da consolidação de informações estatísticas e dados georreferenciados das culturas de soja e milho. A intenção é integrar o Siga à Infraestrutura de Dados Espaciais da Embrapa, plataforma que faz parte da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (Inde), reunindo dados como mapas de uso e cobertura das terras e de aptidão agrícola, zoneamentos e diagnósticos ambientais, levantamentos de solo, estimativas de degradação de pastagens, emissão de carbono e produção de água.

A parceria vai envolver a Embrapa Solos, da Embrapa Agropecuária (SP), dos três centros de pesquisa localizados no Mato Grosso do Sul e de outras unidades da Empresa, além da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (Uems).
ZAE/MS

A Embrapa já coordena um projeto de grande impacto no Mato Grosso do Sul, em parceria com o governo do estado: o Zoneamento Agroecológico (ZAE/MS). Com participação intensa da Embrapa Solos e dos três centros de pesquisa localizados no estado, Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Gado de Corte e Embrapa Pantanal, as duas fases já concluídas abrangeram 32 municípios da Bacia do Rio Paraguai, na escala 1:100.000, tendo sido produzidos mais de 600 mapas e 3 mil páginas de estudos técnicos.

Na terceira fase, outros 46 municípios localizados na bacia do rio Paraná serão mapeados, com término previsto para 2021. A área corresponde a 142,5 mil km2, praticamente a metade do território sul-mato-grossense. O levantamento será para soja, milho, feijão, cana-de-açúcar, pastagens, eucaliptos, pinus, seringueira, erva-mate, girassol, sorgo, abacaxi, banana, citrus, goiaba, manga, maracujá e melancia. 

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