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Campo Grande, 24 de abril

Estado registra novo tipo de vírus da dengue

Em 2018, 10.083 casos de dengue foram notificados em Mato Grosso do Sul

Por Loraine França
19/01/2019 • 09h59
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“Eu tive muita ânsia de vômito. Cheguei da escola passando muito mal, não consegui nem comer. Fui deitar”. O relato é da estudante Beatriz Magalhães, de  20 anos. Ela também faz parte das estatísticas da doença que matou quatro pessoas em Mato Grosso do Sul no ano passado: a dengue. 

Beatriz relembra os momentos de dor e a internação de 15 dias para tratar a dengue hemorrágica. “Foi bem pesado, porque eu fiquei quinze dias internada e nesse período eu emagreci uns 13 quilos”. 

Em 2018, 10.083 casos de dengue foram notificados no estado, segundo dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde divulgados na segunda-feira (14). Na primeira quinzena de 2019 já são 692 notificações em Mato Grosso do Sul. Três lagoas, que fechou o último ano com 5.186 casos, iniciou 2019 no topo da lista entre os municípios do Estado.  Até o dia 16, 401 notificações de dengue foram registradas.

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De acordo com a gerente técnica de doenças endêmicas da secretaria, Lívia Maziero, o alto índice no município ocorre porque um novo tipo do vírus circula na região. “Ele veio pela divisa de Três Lagoas com o estado de São Paulo. O tipo 2 é o que circula mais no estado vizinho”. Segundo a profissional, em Mato Grosso do Sul os tipos mais comuns do vírus da dengue são o um e o quatro. Com a nova circulação do vírus de tipo dois, a população fica mais suscetível a contrair a doença. 

Sobre a quantidade de notificações registradas em Três Lagoas, Lívia explica que não há surto da doença e, sim, uma epidemia. “É uma epidemia por conta do número de casos e por não serem casos isolados”. 

Capital
A capital Campo grande também aparece entre os municípios com mais casos notificados em 2018. Na capital, 2344 notificações foram registradas e até o dia 16 deste mês, são 159 notificações. Em seguida, aparece Sidrolândia (31).
Incidência

A secretaria avalia a incidência da doença para cada 100 mil habitantes. Três Lagoas possui alta incidência porque o índice é de 365 casos para cada 100 mil habitantes. Para estar nessa classificação, o município precisa ter mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes.  

Selvíria é o segundo município do estado com maior incidência e se encaixa na classificação média. No município, o índice é de 171 casos para cada 100 mil habitantes. Campo Grande aparece na décima terceira posição, e o índice na capital é considerado baixo (19,1 para cada 100 mil habitantes).

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