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Campo Grande, 28 de março

'Não tenho nenhum medo de enfrentar o Marcos Trad'

Puccinelli não confirma candidatura, mas diz que está conversando com todo mundo

Por Otávio Neto
02/11/2019 • 10h00
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O ex-prefeito de Campo Grande e ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, presidente regional do MDB foi o entrevistado desta quarta feira (30) da série “Cenário Político CBN”, da rádio CBN Campo Grande. Ele negou que estude ser candidato a prefeito da capital ano que vem, avaliou as possibilidades que o partido tem e fez uma análise do cenário atual do MDB. 

Questionado sobre a possibilidade de enfrentar o atual prefeito Marcos Marcello Trad (PSD), nas eleições do ano que vem, não negou nem assumiu algum interesse num confronto. O ex-governador se mostrou interessado em disputar uma vaga do Senado em 2022 e fez avaliações da qualidade da gestões pública estadual. 

O senhor tem dito na imprensa que não quer ser candidato a prefeito. Vou lhe dar três alternativas para justificar isso. O senhor teria medo? Percebeu algum indicativo que o eleitor poderia não apoiá-lo? Ou está jogando? 

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andré puccinelli Não, não estou jogando. Estou falando a verdade. Não serei candidato a prefeito no pleito de 2020 em Campo Grande. Também não é medo. Porque me dizem que eu lidero as pesquisas, não sei se são verdadeiras essas informações, mas eu pedi aos institutos de pesquisa que não incluíssem o meu nome para o pleito a prefeitura. Não é medo, não é estratégia, não serei candidato. O futuro a Deus pertence.

Muitos correligionários estão angustiados com essa sua negativa e consideram que se o senhor não for candidato e o MDB não ter candidato pode diminuir ainda mais o tamanho do partido.

Eu sou o presidente estadual do partido. Realizaremos convenções no dia 15 de dezembro. Eu não quero continuar na presidência formal. Disseram que vão me por como presidente honorário. Eu ajudo o partido sendo presidente ou não. Eu fui candidato a prefeito em 1996 e ninguém levava fé. Ganhamos e nos tornamos o maior partido. Depois fizemos prefeitura, governo, fizemos sucessão. Ao disputar o governo não fizemos o sucessor. De forma cíclica de como venho acompanhando desde 1980, o MDB esteve na crista da onda, depois o PT e agora o PSDB. E na próxima teremos o MDB de volta. Pode ter certeza disso. Vamos fazer pesquisas qualitativas e quantitativas para definir um nome até o final deste ano. Temos o nome do deputado estadual Márcio Fernandes, do ex-senador Moka, do Carlos Marun, do Junior Mochi e da Tânia Garib. 

Em política tem muito adversário. Quem são seus inimigos na política? 
Não se deve ter inimigo. E eu não computo inimigo. Tem gente que estava no MDB e saiu do MDB. Serão meus adversários. E eu sou um adversário encardido e tenaz. 

O senhor não sente vontade de enfrentar o Marcos Trad?  
Eu não vou ser candidato. Mas não teria medo de enfrentá-lo. Quando você entra numa disputa não tem que se preocupar com o adversário. Tem que fazer uma plataforma de trabalho e explicar como vai fazer aquilo. Tem que ser verdadeiro antes, durante e depois da eleição.

Essa desconfiança do eleitor preocupa o senhor a ponto de não querer nem pensar em ser candidato? 
Não. Eu serei candidato, se for, em 2022 a cargo majoritário. A vaga para senado é da Simone Tebet.  Mas se por ventura, por decisão dela e não por pressão de quem quer que seja, ela não concorresse ao senado, em se tendo um candidato ao governo, eu não teria medo de concorrer ao senado com quem quer que fosse.  

O que o senhor diria para quem ainda está com o senhor e o MDB? 
Não vou ser candidato a prefeito em Campo Grande no pleito de 2020. E se tudo estiver em condições em 2022 se eu fosse disputar preferiria cargo majoritário. O André vai continuar ajudando o partido, sendo ou não sendo candidato.  

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