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Campo Grande, 25 de abril

Número de diagnósticos de HIV/AIDS caiu 38% em 2020, revela Saúde

Em Mato Grosso do Sul, mais de 11 mil pessoas vivem com o vírus da imunodeficiência humana. Cerca de 70% das novas infecções acontecem em homens

Por Marcus Moura/CBN
01/12/2020 • 00h00
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Hoje (01) se comemora o Dia Mundial da Luta Contra a Aids e neste ano os números relativos a doença preocupam. O quantitativo de diagnósticos de novos casos de HIV/AIDS em Mato Grosso do Sul caiu 38% em 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2019, foram 1.384 testes positivos para o vírus. Já em 2020, entre 01 de janeiro e 27 de novembro, o número observado foi de 858, segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde).  

A queda pode estar diretamente ligada a pandemia, já que a população em geral ficou mais receosa em procurar atendimento nas unidades de saúde. Atualmente, são 11.767 pessoas vivendo com HIV/AIDS no Estado. Neste ano, foram 591 casos novos de HIV e 267 casos novos de AIDS, totalizando 858 PVHIV (Pessoas Vivendo com o vírus da imunodeficiência humana), sendo 602 homens (70%) e 253 mulheres (30%).

O Estado tem a 7° maior taxa de detecção de novos casos do país, com 24,2 ocorrências a cada 100 mil habitantes. O índice também é maior que a média nacional (17,8), além de mostrar uma recuperação na comparação com o ano de 2018, quando a taxa caiu para 22,6 a cada 100 habitantes.

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A gerente-técnica do programa de DST/Aids e hepatites Virais da Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul, Alessandra Salvatore, destaca a importância da detecção precoce da doença. “Os diagnósticos precoces, combinados ao tratamento oportuno com as medidas de prevenção e profilaxia, contribuem não só para reduzir a transmissão sexual e a transmissão vertical da doença, como também dão qualidade de vida ao portador do HIV/AIDS”. O Governo do Estado já distribuiu mais de 77 mil testes apenas neste ano.

O secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, destacou que a prevenção é a melhor forma de combate à doença. “A AIDS é uma doença que não tem rosto, por isso, a prevenção é importante. O Brasil é referência mundial no tratamento da doença, com avanços significativos no aumento da qualidade de vida dos portadores do vírus”, disse.

Capital

Na capital, a queda no número de diagnósticos foi ainda maior, de 42%. No ano passado, foram 469 novos diagnósticos contra 291 neste ano. Até setembro, 190 pessoas haviam iniciado o tratamento antirretroviral em Campo Grande. Importante ressaltar que no Brasil todos os medicamentos são fornecidos sem custos aos pacientes.

Onde posso me testar?

De acordo com informações da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), os testes rápidos estão disponíveis nas seguintes UBFS e UBSs: Macaúbas, Jockey Club, Iracy Coelho, Parque do Sol, 26 de agosto, Buriti, Tarumã, Portal Caiobá, Caiçara, Aero Itália, Santa Carmélia, Lar do Trabalhador, Mata do Jacinto, Estrela Dalva, Jardim Noroeste, José Tavares, Vila Nasser, Clínica da Família Nova Lima, Itamaracá, Moreninha III, Tiradentes e Carlota. 

Qual a diferença entre HIV e AIDS?

A AIDS é a manifestação sintomática do Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) e, portanto, só aparece quando ele não é controlado. O que ocorre é uma queda no sistema imunológico, que fica vulnerável a doenças oportunistas, como pneumonia e tuberculose.

 

 

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