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Campo Grande, 24 de abril

Poder Judiciário retoma julgamentos no Tribunal do Júri

Foram registrados durante o ano passado 318 homicídios (109 consumados e 209 na forma tentada.

Por Redação
02/02/2018 • 15h00
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A 1ª Vara do Tribunal do Júri retomou as sessões de julgamento por júri popular. Na abertura dos trabalhos, o juiz presidente, Carlos Alberto Garcete, destacou aos presentes que os índices de violência continuam elevados na Capital.

Segundo dados colhidos pela Superintendência de Inteligência de Segurança Pública (SISP), foram registrados durante o ano passado 318 homicídios (109 consumados e 209 na forma tentada), sendo que nesse número total estão considerados 27 feminicídios (6 consumados e 21 tentados).

Titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Garcete ressaltou que o Poder Judiciário em Mato Grosso do Sul tem procurado julgar os crimes dolosos contra a vida com a celeridade necessária aos casos dessa natureza, tanto que, de acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça, Mato Grosso do Sul tem sido considerado, desde 2015, o Estado que mais julga, proporcionalmente, processos dessa competência em todo o país. Somente no ano de 2017, foram 212 acusados levados a júri popular pelas duas Varas Especializadas da Capital.

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Garcete explicou ainda o número expressivo de julgamentos realizados em Campo Grande. “Ao contrário do que acontece no interior, onde, segundo o Código de Organização Judiciária, os julgamentos pelo tribunal do júri são feitos somente nos meses de março, junho, setembro e dezembro, em Campo Grande há duas varas especializadas que realizam júris durante todo o ano. Além disso, fazemos vários mutirões que contam com o auxílio incondicional de juízes colaboradores, de promotores de justiça, defensores públicos e advogados”.

Diante de um volume tão grande de casos, Garcete entende como imprescindível que o Poder Judiciário continue a dar uma resposta rápida a esses crimes violentos, evitando-se que caiam no esquecimento e gerem uma sensação de impunidade. Nesse intuito, é de suma importância o auxílio de toda a justiça sul-mato-grossense ao longo de 2018. “A ideia é continuar contando com a colaboração da administração do Tribunal de Justiça para que nós possamos dar continuidade aos mutirões e manter essa média de julgamentos de tribunal do júri”.

(Informações da assessoria)

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