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Campo Grande, 25 de abril

“Precisamos romper o racismo estrutural”, diz Eugenia Portela

Atuante no movimento negro, doutora afirma que inferiorização e estereótipo sobre negros devem ser desconstruídos

Por Thais Cintra/ CBN
20/11/2020 • 13h30
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O racismo estrutural, fruto da maneira como o Brasil foi colonizado ainda permanece em todas as esferas da sociedade. Nesta sexta-feira (20), a Rádio CBN Campo Grande recebeu nos estúdios, a coordenadora do GT21 da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), Eugenia Portela, que debateu a importância do “Dia Nacional da Consciência Negra” e quais paradigmas precisam ser desconstruídos no combate ao racismo.

Segundo a docente, houve avanço significativo em relação à representatividade dos negros no país, mas o cenário ainda carece de políticas públicas para integrar o povo negro efetivamente na sociedade. “Seja por meio da ausência do negro nos espaços de poder e em outras áreas, ainda existe dificuldade em romper com a estrutura que ficou mantida após a abolição da escravidão. A realidade muda de forma gradativa e lenta”, explicou.

A professora reforçou que as cotas são importantes para a inserção de alunos pretos no âmbito acadêmico e falou sobre o incentivo de cotas aos candidatos políticos de pele negra, que foi determinado pela primeira vez na história do país. "Houve um avanço, principalmente com a última decisão relacionada à recursos para candidatos negros e negras, o que levou grande parte deles a se declararem negros”, pontou. Confira:

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Na luta pela representatividade

Eugenia é um exemplo de superação e conquista no que diz respeito à cultura negra. Dona de uma coleção com mais de 120 bonecas, a doutora em Educação divide o trabalho no Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB), com atividades em escolas públicas de Campo Grande, levando o acervo de belas bonecas negras para auxiliar na orientação de meninas e meninos negros sobre a importância de se sentirem representados nas brincadeiras.

 

 

 

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