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Campo Grande, 23 de abril

Prefeitura quer usar centros cirúrgicos como leitos de UTI

Mesmo com colapso nos hospitais Marquinhos Trad decide flexibilizar decretos

Por Gabi Couto/CBN
31/07/2020 • 16h25
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Apesar do colapso da saúde em Campo Grande, com lotação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o prefeito Marquinhos Trad (PSD) decidiu flexibilizar os decretos municipais a partir deste sábado (1º) alegando que o mini lockdown dos dois últimos finais de semana não refletiram na queda dos números de coronavírus e óbitos pela doença. 
A capital que hoje é considerada um dos epicentros da pandemia em Mato Grosso do Sul ganhou uma hora a menos no toque de recolher. Até o dia 16 de agosto a população poderá ficar na rua das 21h às 5h, todos os dias da semana. O comércio também teve horário ampliado, podendo abrir de segunda a sexta-feira entre às 9h e 19h e aos sábados e domingos das 9h às 16h. 
A abertura e fechamento dos shoppings deverão ocorrer das 11h às 20 h, de segunda a domingo. Já academias e salões de beleza podem funcionar entre 5 h e 20h30, de segunda a sexta-feira. No sábado as academia podem abrir das 5h às 16h e os salões de beleza das 9h às 18h, mas no domingo os dois estabelecimentos estão proibidos de funcionar. 
A Prefeitura ampliou a capacidade de lotação total dos estabelecimentos para 50% e implantará blitzes nas sete regiões da cidade para tentar coibir a circulação de motoristas inabilitados ou alcoolizados. O objetivo é diminuir os acidentes de trânsito que acabam refletindo na ocupação dos leitos de alta complexidade. 
Segundo o presidente da Comissão de Enfrentamento a Pandemia na Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Lívio Leite (PSDB), no início da pandemia houve a recomendação da ampliação de leitos e compras de respiradores. “Naquele momento não tinha um paciente de Covid-19 internado na UTI e não tinha como justificar a compra de equipamentos com valores acima do mercado e que chegariam em 90 dias. Não sabíamos como a pandemia iria avançar”, revela. 
Com praticamente todos os hospitais em colapso o “Plano B” da Prefeitura deve ser a adaptação de salas cirúrgicas em leitos de terapia intensiva. “Esses locais tem ventiladores e capacidade de isolamento. É uma quantidade grande de salas cirúrgicas na cidade, com equipe capacitada.”

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