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Campo Grande, 25 de abril

Preso desde julho, André Puccinelli não será candidato a deputado federal

A Rádio CBN Campo Grande conversou com integrantes do MDB que confirmaram não haver possibilidade de Puccinelli ser candidato

Por Redação/CBN Campo Grande
17/09/2018 • 15h29
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Após desistir de disputar a chefia do Executivo estadual, o ex-governador de Mato Grosso do Sul André Puccinelli, preso desde o dia 20 de julho deste ano por desvio e lavagem de dinheiro, não deve disputar uma das vagas na Câmara Federal em Brasília. Havia a expectativa do MDB-MS de que Puccinellli saísse candidato ao cargo de governador ou deputado federal, o que acabou não se concretizando.

Fontes ouvidas pela Rádio CBN Campo Grande afirmaram que essa seria uma decisão pessoal do ex-governador. O partido ainda não decidiu se soltará uma nota oficial, mas integrantes do MDB ouvidos pela CBN consideram a decisão de Puccinelli um prejuízo muito grande ao partido que contava com a participação dele para tentar eleger deputados federais.

Prisão
O ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli - pré-candidato ao cargo nas eleições de outubro e presidente estadual do MDB - foi preso na manhã do dia 20 de julho, em Campo Grande, pela Polícia Federal. Também foram presos o filho dele, o advogado André Puccinelli Júnior, e o advogado João Paulo Calves. A prisão do ex-governador é preventiva - que tem limite máximo de até 180 dias - foi decretada pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara da Justiça Federal, na quarta-feira (18).

Segundo a PF, foram reunidas novas provas no processo, como movimentações bancárias da empresa Instituto Ícone do Direito, que seriam relativas ao dinheiro proveniente de corrupção, análises de materiais apreendidos no instituto na Operação Papiros de Lama e análises de materiais apreendidos. O juiz aceitou os mesmos argumentos da prisão anterior de Puccinelli, como parte dos desdobramentos da Operação Lama Asfáltica, que investiga o desvio de recursos usados em obras públicas.

As investigações começaram em 2015 e levaram à prisão, em maio deste ano, o ex-deputado federal Edson Giroto (MDB) e o empresário João Amorim. Um dos itens que teria fundamentado a prisão de Puccinelli foi uma suposta transferência bancária do Instituto Ícone (empresa de cursos jurídicos de Puccinelli Junior) para o advogado André Borges, como pagamento pela defesa de outros investigados na Lama Asfáltica. Para Borges, existe uma tentativa de “criminalizar a advocacia”.

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