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Campo Grande, 20 de abril

"Profissão apaixonante", diz médico que tem 57 anos de carreira

Fernando Vasconcelos é clínico geral e diz que "médico é como vinho, quanto mais velho melhor"

Por Thais Cintra/Isabelly Melo
22/10/2020 • 12h39
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Construir uma carreira de sucesso envolve muito trabalho, foco e amor pela profissão, e essas três competências sempre estiveram alinhadas na vida do médico e clínico geral, Fernando Vasconcelos, 83 anos. Ele foi o entrevistado nesta quinta-feira (22), do quadro "Vida de Médico", e compartilhou um pouco da trajetória dos 57 anos de profissão.

Formado em Medicina no ano de 1962 no Rio de Janeiro, veio para Mato Grosso do Sul um ano depois, atuar como cirurgião geral. A pressão na rotina de trabalho influenciou na decisão de "abandonar" a cirurgia, mas os anos de atuação na medicina trouxeram experiência e clareza para o médico, que continua trabalhando, num ritmo menor, porém com a mesma eficiência e talento.

A evolução tecnológica mudou a maneira de atendimento dos profissionais da saúde e o caminho no diagnóstico. Segundo o médico, houve uma massificação da medicina. "Costumo dizer brincando, que hoje não temos mais pacientes, e sim clientes. Hoje a pessoa já tem toda a informação, porque busca na internet. Só que ela tem a informação e não formação. Isso atrapalha um pouco o exercício de uma medicina mais honesta", destacou.

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Fernando revela que diminuiu o ritmo de trabalho, mas continua na ativa. "Três motivos vão fazer eu parar de ser médico; morrer, não ter cabeça mais para a profissão, e ser afastado pelo contexto existente na medicina, por adaptação. Atendo muito paciente idoso, só que tô ficando mais velho que eles", afirmou descontraído.

Ele ainda reforça a ideia de que é preciso aprender a usar a tecnologia em exercício da profissão, sem esquecer que o médico é quem entende. "Não podemos transferir pra tecnologia a responsabilidade do trabalho da gente", finaliza. Confira a entrevista completa:

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