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Campo Grande, 25 de abril

Taxação da energia solar pode causar prejuízo de R$ 450 milhões no Estado

Bancada federal critica intenção da Aneel de cobrar pela  microgeração de energia; para o prefeito Fábio Trad decisão é política

Por Márcia Paravizzi
02/11/2019 • 07h00
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Abancada federal de Mato Grosso do Sul é contrária  à  proposta da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) de reduzir gradualmente os subsídios para consumidores que geram a própria energia elétrica em suas casas ou estabelecimentos, geralmente com painéis solares. 

A agência colocou em consulta pública a revisão das regras da chamada geração distribuída. As contribuições da sociedade serão recebidas até 30 de novembro. Atualmente, uma resolução de 2012 da Aneel autoriza o consumidor a realizar microgeração de energia, tanto para consumir quanto para injetar de volta na rede de distribuição.

O assunto foi discutido numa audiência pública na última  semana na Câmara dos Deputados. 

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O deputado Fábio Trad (PSD) disse que a resolução da Agência “viola o desenvolvimento sustentável”. Para o deputado a decisão da Aneel não é técnica mas sim política. Fábio disse ainda que a resolução vai prejudicar o agronegócio, comércio, indústria, consumidores e usuários residenciais. 

O coordenador da bancada do Estado, senador Nelsinho Trad (PSD), afirmou que recebeu um estudo da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems) que mostra que a nova taxação de energia solar pela Aneel vai trazer prejuízos para o Estado. O senador apontou que, segundo o estudo da instituição, a medida deve retirar cerca de R$ 450 milhões de novos investimentos até 2029.

O  diretor da Aneel, Ricardo Limp,  disse que levará as críticas para análise, a fim de tentar uma saída equilibrada. A proposta da Aneel em consulta prevê um período de transição para as novas regras. Quem possui o sistema permanecerá com as regras atuais em vigor até o ano de 2030. 

Os consumidores que realizarem o pedido da instalação de geração distribuída após a publicação da norma, prevista para 2020, passam a pagar o custo da rede.

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