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Corrupciolândia

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01/07/2017 • 09h28
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Em São Paulo, o prefeito Dória anda às voltas com a cracolândia instalada no centro da cidade. Tirou-os de lá, ante os protestos dos que costumam defender as drogas e os traficantes, mas eles voltam, são retirados, e voltam de novo e de novo, na busca movidos pelo vício e o gregarismo que os faz dividir esse tipo de trágica escravidão.

No Brasil inteiro,  procuradores e Polícia Federal andam às voltas com a corrupciolândia, instalada num território de 8.500 km2. Tiraram-nos de alguns lugares, na operação do Mensalão, os estão tirando dos mesmos lugares na operação Lava-jato; e tentam tirá-los agora ainda dos mesmos lugares, no caso da JBS. Mas, como um cracudo, o corrupto está viciado, dependente da droga da corrupção. 

É a reiteração típica do vício. Flagram-se empresas estatais sendo lesadas e elas voltam a ser saqueadas; flagram-se grandes empresas comprando favores públicos e elas voltam a comprar de agentes públicos que vendem; descobrem-se aloprados com malas cheias de dinheiro mas eles voltam às ruas, saltitando em suas corridinhas, trazendo a reboque a mala com rodinhas.

Alguns dirão, bondosos, que “ não aprendem”. Na verdade, não é isso. É que estão viciados na corrupção. Ela está na medula; já é reflexo condicionado. Quando os líderes são denunciados, argumentam que “as acusações vão prejudicar o país”. Todos iguais na essência, “ farinha do mesmo saco”, como dizia Leonel Brizola. 

É vício. Condenados no Mensalão, agiam na Lava-jato; no meio da indignação nacional, não conseguem conter o vício e marcam encontros na calada da noite. Não se acautelam sequer de gravações, porque o vício é forte. Mesmo ante a obviedade das provas, negam sempre, como um alcoólatra nega a dependência. E, convencidos da própria mentira, mentem convicentemente. O Brasil não pode ficar dependente dessas drogas.

 

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