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Alta em preços de hortigranjeiros deve se manter no 1º trimestre

Conab divulgou hoje, dia 26, o 1º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016

Por Agência Brasil
26/01/2016 • 16h07
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A alta de preços dos produtos hortigranjeiros sentida no final do ano passado deve se manter no primeiro trimestre de 2016. As fortes chuvas e as altas temperaturas registradas nos últimos meses foram fatores determinantes para a queda da qualidade na oferta de hortaliças nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou hoje (26) o 1º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas em 2016. O estudo analisa os preços de comercialização no atacado em dezembro do ano passado.

De acordo com Erick de Brito Farias, gerente de Modernização do Mercado Hortigranjeiro da Conab, a alta do dólar contribuiu para o aumento de preços para o consumidor final. A moeda americana tem impacto direto, porque aumenta os custos de produção, dos insumo agrícolas e do transporte. O custo da produção é diretamente atrelado ao dólar.

A importação de cebola, por exemplo, se comparada com 2014, teve um aumento de aproximadamente 80%. Com uma menor oferta nacional do produto, 12 mil toneladas foram importadas, apenas em dezembro de 2015. A cebola nacional, consequentemente, teve seu preço aumentado para competir com o produto estrangeiro. Segundo Erick de Brito Farias, nos mercados atacadistas, houve um aumento de 15% no preço do produto.

No caso das frutas e hortaliças, houve uma redução significativa na oferta de tomate, cebola e batata. Erick explica que, com o forte calor que prevaleceu nos meses de setembro e outubro, muitos produtos ficaram maduros mais rápido e foram colhidos antes do esperado. Consequentemente, nos últimos meses do ano, houve uma queda na oferta. “Hoje, nos mercados, o tomate está verde, pois os produtores tiveram que colher antes da hora para repor o produto. E isso encarece o preço, tanto pelo custo de produção quanto pela pouca oferta”, afirmou.

As questões climáticas também influenciaram na redução da oferta de frutas, como ocorreu com a banana e a maçã. O excesso de chuvas nas principais regiões produtoras prejudicou a produtividade e acarretou a diminuição da área cultivada das frutas. A banana é produzida, em maior parte, nos estados de São Paulo, Minas Gerias e Santa Catarina. Já a maçã, de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

A exportação de frutas, entre 2014 e 2015, teve um aumento de 16,5%. Foram mais de 854 mil toneladas de frutas exportadas no ano passado. Cenoura, alface, tomate e batata seguiram o comportamento dos demais hortigranjeiros, registrando alta de preços na maioria dos mercados pesquisados.

O levantamento é feito nos mercados atacadistas, por meio do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), executado pela Conab, e considera a maioria dos entrepostos localizados nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Ceará. (Marieta Cazarré – Agência Brasil)

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