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Após reivindicação, ICMS do boi em pé pode passar de 12% para 7% em MS

Nova medida deverá servir para os próximos 90 dias, a contar a partir de 1° de julho, segundo governo

Por Kelly Martins
21/06/2017 • 16h13
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O imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para venda de boi em pé vai diminuir de 12% para 7%, em Mato Grosso do Sul, nos próximos 90 dias, a contar a partir de 1° de julho. É o que garante o governo do estado após reivindicação dos pecuaristas da região. Eles alegam que houve queda no consumo de carne bovina após a operação “Carne Fraca”, da Polícia Federal, o que teria prejudicado o mercado do agronegócio em Mato Grosso do Sul.  

“Avaliamos que essa queda do imposto pago em transações interestaduais para animais vivos poderá aumentar a competitividade e reduzir os impactos do atual cenário econômico”, destacou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Mauricio Saito.  

A nova medida foi anunciada nesta quarta-feira (21), durante reunião entre o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e representantes da Famasul, do Movimento Nacional de Produtores no Estado (MNP/MS), da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) e da Frente Nacional da Pecuária de Corte (Fenapec). Também participaram deputados estaduais e secretários de governo.

Saito pontuou que essa demanda auxiliará o setor que vivencia uma questão conjuntural de diminuição de consumo per capita de carne bovina, entre outros fatores. Frisou também que, um único grupo empresarial, no estado, que responde por 45% dos abates, optou pelo pagamento a prazo, o que não foi aceito pelos produtores sul-mato-grossenses. “Em razão disso, as vendas ficam retraídas e provocam o aumento do volume de gado pronto no pasto. Com esse pedido, além de possibilitar o melhor escoamento do produto acabado, acreditamos no aumento da arrecadação por parte do Estado de Mato Grosso do Sul”, observou.

Segundo o governador Reinaldo Azambuja, com a diminuição anunciada, o governo vai dar uma possibilidade a mais para que os produtores possam escoar o rebanho. “Vamos dar uma alternativa ao mercado, momentaneamente, por 90 dias, para comercializarmos esse gado represado”, reforçou. Reinaldo ainda frisou que a medida é oportunidade de aumento de receita, já que o rebanho está parado.

 

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