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Brasileiros deixam de sacar fundos da poupança para combater crise

Banco Central aponta que redução ocorre pelo segundo mês consecutivo, em relação a 2015

Por Valdecir Cremon
07/04/2016 • 07h04
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Pelo segundo mês seguido, a fuga de recursos da caderneta de poupança diminuiu. Segundo dados do Banco Central, as retiradas superaram os depósitos em R$ 5,38 bilhões em março, quando os brasileiros pouparam R$ 164,397 bilhões, mas sacaram R$ 169,777 bilhões da caderneta.

Apesar da diminuição dos recursos aplicados na poupança, os saques tiveram queda em março. A retirada líquida tinha ficado em R$ 12,032 bilhões em janeiro e R$ 6,639 bilhões em fevereiro.

As retiradas também diminuíram em relação ao mesmo mês do ano passado. Em março de 2015, a caderneta tinha registrado saques líquidos de R$ 11,438 bilhões. No acumulado de 2016, no entanto, os brasileiros retiraram mais recursos da poupança. De janeiro a março, a retirada líquida somou R$ 24,05 bilhões, contra R$ 23,231 bilhões no mesmo período do ano passado.

Desde janeiro de 2015, a caderneta de poupança registra retirada expressiva de recursos. Isso ocorre por causa do aumento de juros, que tornam mais atrativas aplicações em fundo de investimento, e da perda de rentabilidade diante da inflação. Nos últimos 12 meses, a caderneta rendeu 8,29%, contra inflação oficial de 11,08% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Segundo o BC, a recessão econômica também contribui para a fuga de recursos da poupança. Por causa da crise e do desemprego, os brasileiros têm menos sobra de dinheiro para aplicar na caderneta e precisam sacar mais recursos para pagar dívidas.

DA AGÊNCIA BRASIL

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