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Comércio internacional do agronegócio brasileiro cresceu 23% em 2008

O aumento da receita com a venda dos principais produtos da balança comercial do agronegócio garantiu o bom desempenho das exportações

Por Redação
09/01/2009 • 14h28
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Mesmo com as tensões trazidas pela crise financeira, salientada a partir de outubro de 2008, o resultado para o agronegócio brasileiro no mercado internacional no ano passado foi satisfatório. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as exportações do setor alcançaram a marca dos US$ 71,9 bilhões, aumento de 23% em relação a 2007. sozinho, o setor foi responsável por 36,3% das exportações totais brasileiras.

O aumento da receita com a venda dos principais produtos da balança comercial do agronegócio garantiu o bom desempenho das exportações em 2008. Com crescimento de 58%, o complexo soja (óleo, farelo e grão) ficou no topo das vendas, alcançando US$ 18 bilhões. Em seguida, o setor de carnes registrou vendas na casa dos US$ 14,5 bilhões, um acréscimo de 29%. Em 2007, o valor das vendas do binômio soja-carnes ultrapassou os US$ 10 bilhões; no ano passado, as exportações encostaram nos US$ 20 bilhões.

As vendas cresceram também para os produtos café (22%), fumo e seus produtos (22%), complexo sucroalcooleiro (18%), e produtos florestais (6%). A balança comercial do agronegócio registrou também superávit recorde, alcançando a cifra de US$ 60 bilhões.

No final de 2008, duas fazendas de Mato Grosso do Sul foram habilitadas a exportar carne bovina in natura para a União Européia. Outras propriedades continuam aguardando o parecer do bloco para também efetuar vendas para os países da Europa.

Está agendada para este mês a vinda de uma comissão técnica da União Européia, que irá avaliar as condições sanitárias do Estado, e com isso, ampliar as negociações entre Mato Grosso do Sul e o bloco econômico. A data ainda será definida.

Um destaque nas exportações se deve aos produtos lácteos, que tiveram incremento de 80% do valor das exportações, saltando de US$ 299 milhões em 2007, para US$ 541 milhões no ano passado. As vendas externas brasileiras foram beneficiadas pelo aumento dos preços no mercado internacional. Além disso, muitos produtos registraram acréscimo dos volumes embarcados em relação a 2007, como, por exemplo, o álcool (45%) e os lácteos (43%).

Também registraram crescimento expressivo o mel, devido à retomada das vendas à União Européia (UE), os animais vivos e rações. Os produtos de origem vegetal responderam por 72,8% da pauta exportadora do agronegócio, praticamente a mesma proporção de 2007, quando corresponderam por 72,3% das exportações.

A China passou a ocupar a primeira posição no ranking dos mercados compradores, absorvendo isoladamente 11% das exportações, que continuam muito concentradas em soja, em torno de 77,6%. Em segundo lugar estão os Países Baixos, com 9% de participação, e os Estados Unidos, em terceiro, com 8,7%. Em apenas um ano, a China saiu da terceira para a primeira posição. Vale ressaltar, também, o forte crescimento (112%) das exportações para a Venezuela que pulou da 15ª posição do ranking, em 2007, para 9ª no ano passado.

Importações

O Brasil importou em produtos do agronegócio 35,6% a mais em 2008, na comparação com ano anterior, totalizando US$ 11,8 bilhões. É a primeira vez que as importações de produtos agrícolas ultrapassam a barreira do US$ 10 bilhões. O produto com maior valor importado foi o trigo, com US$ 1,9 bilhão, valor 34,6% superior ao número de 2007.

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