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Cresce venda de fios para chineses

Empresas brasileiras - uma delas com filial em Três Lagoas - ampliam negociações para ocupar fatias no mercado da China

Por Valdecir Cremon
06/02/2016 • 11h15
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 Brasil possui grandes e boas fábricas de cabos elétricos. O setor, que foi “comandado” por multinacionais há até poucos anos, se desenvolveu e hoje a disputa entre o produto nacional e importados ocorre de igual para igual. Esta paridade ocorre principalmente entre fabricantes de cabos e fios de baixa tensão, usados para a transmissão de dados e eletricidade, até 750 volts. Para tensões elevadas, o mercado ainda enfrenta restrições de concorrência, com número menor de indústrias dedicadas.

O desenvolvimento do setor, de acordo com entidades e associações que reúnem fabricantes, ocorreu após 1990 com o estabelecimento de normas técnicas e a abertura do mercado nacional. A exigência de qualidade foi propulsora do crescimento das empresas.

Em Três Lagoas funciona uma das duas unidades da Cobrecom, empresa fundada em Itu (SP), na década de 1990, com 100% de capital nacional. A unidade três-lagoense fica no Distrito Industrial. 

A instalação da filial na cidade é, segundo publicação da empresa em um site próprio, estratégia de logística para escoamento de produtos. Isto significa a proximidade de Três Lagoas com os Estados de São Paulo e de Minas Gerais, além do acesso facilitado a rodovias, à Hidrovia Tietê-Paraná e ao aeroporto.

A CHINA
O aumento das exportações, especialmente para a China, e o avanço da construção civil brasileira, entre 2010 e o ano passado,  foram determinantes para a expansão de fábricas e a abertura de novas empresas do setor de cabos e condutores. A busca mais acelerada pelo mercado externo é resultado, contudo, do enfraquecimento da construção de casas populares que, neste ano, deve chegar a 4,6%, segundo previsão da Associação Brasileira de Materiais (Abramat). Em 2015, a queda foi de 12%. 

A fabricante de revestimentos cerâmicos Cecrisa projeta elevar sua receita de 10% a 12% neste ano, para dentro e fora do país, incluindo a China. A exportação da empresa terá alta maior, de 30% a 40%. A Cecrisa embarca seus produtos para mais de 50 países, incluindo os Estados Unidos, a Europa, o Oriente Médio e a América Latina.

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