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Crise financeira e clima devem reduzir safra de grãos

A maior redução deve ser na safra de milho, com queda de 6,3 milhões de toneladas, seguida pela soja, com menos 2,3 milhões de toneladas

Por Redação
08/01/2009 • 09h57
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Por causa da crise financeira internacional e de condições climáticas desfavoráveis, o Brasil deve colher este ano 7 milhões de toneladas de grãos a menos do que no período anterior. O resultado do quarto levantamento da safra 2008/2009, divulgado hoje (8) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estima a colheita de 137 milhões de toneladas de grãos este ano, produção 4,9% menor do que a safra anterior, que chegou a 144 milhões de toneladas.

A maior redução deve ser na safra de milho, com queda de 6,3 milhões de toneladas, seguida pela soja, com menos 2,3 milhões de toneladas. A produção de algodão também deve ser reduzida, com perdas de cerca de 860 mil toneladas.

As condições climáticas durante o ciclo produtivo das culturas, a “fase restritiva de crédito” e o alto custo da produção são apontadas no relatório da Conab como possíveis causas para as perdas em relação à safra anterior.

A Região Sul foi a mais atingida pelo clima, com estiagem em algumas áreas e excesso de chuvas em outras. De acordo com a Conab, as maiores perdas estão no Paraná, onde a estimativa é de queda de 19% na safra de milho, por exemplo. “A região litorânea de Santa Catarina também foi atingida pelas chuvas e o oeste do estado, pela seca”, destaca o texto.

O levantamento da Conab indica crescimento das safras de feijão, com 70,6 mil toneladas a mais do que no período anterior – chegando a 3,5 milhões de toneladas – e, principalmente, de trigo, que deve alcançar colheita 47,8% superior à da safra 2007/2008.

Em 2009, a produção brasileira de trigo deve chegar a 6 milhões de toneladas. Apesar da contração do crédito e da queda do preço de algumas commodities, “as altas cotações internacionais, os preços aos produtores superiores ao custo de produção e a elevação do preço mínimo de garantia pelo governo motivaram os produtores a investir na cultura”, de acordo com a Conab. A área plantada do grão cresceu 31,1%.

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