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ECONOMIA

Custo da Cesta Básica cai 0,10% em janeiro

Registraram queda: margarina,arroz, feijão, carne, macarrão e tomate

Por Redação
04/02/2009 • 14h22
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O Índice da Cesta Básica Alimentar Individual em Campo Grande-MS, composta por 15 itens para a alimentação diária de um trabalhador adulto, para o mês de janeiro, apresentou um decréscimo de 0,10% em relação ao mês de dezembro de 2008, registrando um custo de R$ 211,86, que no mês anterior foi de R$ 212,08. As variações acumuladas registraram nos últimos 12 meses 15,22% e, nos últimos seis meses, apresentou queda de 3,43%. A pesquisa é elaborada mensalmente pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento da Ciência e Tecnologia (Semac).

Entre os 15 produtos que compõem a Cesta Básica Alimentar, seis registraram queda: margarina (-9,70%), arroz (-4,94%), feijão (-3,33%), carne  (-3,15%),macarrão (-2,91%), tomate      (-1,80%). Os produtos que acusaram aumento de preço foram: batata (14,19%), açúcar cristal (7,64%), banana (6,14%), alface (4,95%), sal (3,70%), laranja (0,96%) e óleo (0,80%). Leite e pão francês mantiveram seus preços inalterados.

Devido ao período de entressafra, provocando queda de oferta no mercado, o preço da batata esteve em alta (14,18%). O açúcar está com estoques baixos no mercado atacadista, diminuindo sua disponibilidade e conseqüente alta no preço (7,64%).

O preço da carne diminuiu (-3,16%) como reflexo da redução da pauta fiscal até meados do mês de janeiro. Em função da colheita da safra do feijão nos dois últimos meses, o produto continua em queda (-3,33%).

Considerando o trabalhador que recebe um salário mínimo de R$ 415,00 (valor de janeiro), restaram-lhe R$ 203,14, utilizados para atender suas outras necessidades básicas como: água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros. Em relação ao mês anterior, o trabalhador economizou R$ 0,22 para aquisição de Cesta Básica Alimentar.

Em dezembro/2008, o trabalhador gastava 51,81% do seu salário para adquirir a Cesta Básica Alimentar e, em janeiro, registrou 51,05%. Para adquirir a cesta, o trabalhador precisou despender 112 horas e 19 minutos da sua jornada de trabalho mensal de 220 horas; no levantamento anterior (dezembro/2008) eram necessárias 112 horas e 26 minutos.

Cesta Básica Familiar

Recomendada para uma família composta por cinco pessoas, o Índice da Cesta Familiar de Campo Grande, em janeiro/2009, apresentou uma variação de 0,89%, fechando o mês com um custo de R$ 924,42, enquanto no mês de dezembro/2008 foi de R$ 916,25. O aumento no custo de aquisição da cesta foi de R$ 8,17 em relação ao mês anterior.  As variações acumuladas dos últimos 12 meses e nos últimos seis meses contabilizaram, respectivamente, variações de 8,16% e 0,31%. Entre os 44 produtos pesquisados que compõem a Cesta Familiar, 21 apresentaram alta de preços, 17 apresentaram queda e seis mantiveram seus preços inalterados.

No Grupo Alimentação, que apresentou alta de 0,92%, os produtos que contribuíram com as maiores altas foram: batata (14,19%), abobrinha (9,89%), cenoura (9,00%), açúcar (7,94%), banana (6,17%), alface (4,95%), café (3,88%), ovos (2,93%), cebola (2,45%) e sal (2,19%). Os produtos com as maiores quedas: margarina (-9,64%), trigo (-7,19%), arroz (-5,00%), manteiga (-3,53%), feijão (-3,30%), carne (-3,15%), frango (-2,98%), macarrão (2,91%) e tomate  (-1,76%). Os produtos que não tiveram alteração de preço foram: pão francês, leite, mamão e queijo.

A abobrinha (9,89%), cenoura (9,00%) e banana (6,17%) estão no período de entressafra com consequente aumento em seus preços. O aumento da oferta do trigo e as baixas cotações internacionais ocasionaram diminuição de preço (-7,19%), refletindo no macarrão (-2,91%). 

O Grupo Higiene Pessoal registrou uma variação positiva de 1,37%. Os produtos que registraram altas foram: dentifrício (6,30%), papel higiênico (5,80%) e absorvente (1,41%).  Neste grupo, o único que apresentou queda de preço foi o sabonete (-9,23%). Lâmina de barbear não apresentou alteração de preço.

Já o Grupo Limpeza Doméstica apresentou um decréscimo de 0,05%, destacando os seguintes produtos: cera em pasta (-2,40%), água sanitária (-1,96 %), detergente (-1,09%), sabão em pó (-0,25%). Os produtos que registraram acréscimo de preço foram: esponja de aço (3,95%)  e desinfetante (0,99%). Sabão em barra manteve seu preço inalterado.

Em termos de renda versus salário-mínimo, a pesquisa verificou que houve um comprometimento de 44,55% do valor total da renda familiar, considerando-se cinco salários mínimos (R$ 2.075,00) para atender uma família composta por cinco pessoas.

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