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Feijão e alface puxam queda de 0,18% no custo da cesta básica

A Cesta Básica Alimentar individual apresentou no mês de agosto uma variação negativa de 0,18% em relação ao mês anterior.

Por Edmir Rodrigues
03/09/2012 • 14h48
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 A Cesta Básica Alimentar individual apresentou no mês de agosto uma variação negativa de 0,18% em relação ao mês anterior. O custo para a aquisição da ração mínima atingiu R$ 257,38, contra R$ 257,85 registrado no mês anterior. Os dados são da pesquisa mensal realizada pela Secretaria Estadual de Planejamento (Semac).

 
 As variações acumuladas registraram nos últimos 12 meses alta de 7,18%. No ano, o acumulado também é de alta, de 4,84%. Considerando os últimos seis meses, a Cesta Básica acumula queda de 0,22%.
 
A pesquisa no mês de agosto assinalou que dos produtos que compõem a Cesta Básica Alimentar, quatro registraram redução de preço: feijão 8,67%; alface 7,57%; açúcar 4,84% e banana 4,12%. Os produtos que acusaram alta de preço foram: tomate 21,21%; sal 6,82%; margarina 6,30%; batata 5,19%; macarrão 4,77%; arroz 4,32%; óleo 2,64%; laranja 0,91% e carne 0,32%. Pão francês e leite mantiveram o preço inalterado.

Análise
 
O início da safra de inverno do feijão elevou os estoques no mercado interno e gerou queda de preço 8,67%, apontam os técnicos responsáveis pela pesquisa. Quanto à alface, o clima esteve favorável à produção, o que influenciou os produtores a plantarem em maior quantidade, aumentando ainda mais o volume ofertado, assinalando queda 7,57%.
 
O tomate continua tendo o maior índice de elevação, com 21,21%, devido às adversidades climáticas que prejudicaram a safra. A indústria salineira está com baixos estoques de sal para o mercado nacional, por isso o produto assinalou alta de 6,82%.
Acumulados
 
Nos últimos seis meses, os produtos que assinalaram maiores altas foram: tomate, óleo, arroz, margarina e leite. Entre os produtos em queda, destaque para o açúcar, alface, banana, batata e laranja.  
 
Cesta Básica Familiar
 
A Semac também pesquisa mensalmente o custo da Cesta Básica Familiar, recomendada para uma família com cinco pessoas, e composta por produtos de alimentação, higiene e limpeza.  No levantamento de agosto, esse custo teve pequena alta de 0,04% em relação ao mês anterior, registrando a importância de R$ 1.155,58 (em julho, foi de R$ 1.155,08). Uma curiosidade é que o grupo “alimentação” registrou, pela primeira vez, variação zero. A variação global de 0,04% ocorrida deve-se aos produtos dos grupos higiene e limpeza.
 
Dentre os 44 produtos pesquisados que compõem a Cesta Familiar, 24 apresentaram alta de preço, 13 apresentaram queda e sete mantiveram seu preço inalterado.
 
No grupo Alimentação (32 produtos), a pesquisa não apresentou variação. Os principais produtos em alta foram: cenoura 21,38%; tomate 21,17 %; alho 10,70%; margarina 6,19%; mandioca 5,18%; batata 5,09%; sal 4,95%; macarrão 4,78%; arroz 4,29% e mamão 2,80%. Os produtos em queda foram: feijão 8,64%; alface 7,58%; cebola 5,21%; açúcar 4,67%; couve 4,62%; banana 4,12%; fubá 2,82%; doces 1,45%, manteiga 1,31% e abobrinha 0,49%.
 
Análise
 
A cenoura encontra-se no período de entressafra, o que reduz os estoques e eleva o preço.  O mercado do alho continua em alta - ele é abastecido principalmente com alho chinês argentino e o nacional que também são influenciados por alta das cotações. O alho vindo da china representa 42% do nosso consumo, já o alho argentino, 25%. O alho nacional é responsável por apenas um terço do abastecimento desse bulbo no mercado.
 
Os técnicos destacam também que os produtos derivados da soja, como a margarina, estão em alta, acompanhando as cotações internacionais - todas as semanas de pesquisa apresentaram variações elevadas.    
 
A avaliação da pesquisa aponta os fatores que predominaram para a queda da cebola: colheita intensificada no período, os bulbos com boa qualidade e maior produtividade. Revela também que as usinas produtoras de açúcar estão com estoques elevados, fazendo com que a cotação diminua, além disso, muitos estabelecimentos realizaram oferta no período de pesquisa contribuindo ainda mais para a queda de preço.                 
 
O grupo Higiene Pessoal (cinco produtos) registrou alta de 0,88%, puxada pelo sabonete 4,05%, dentifrício 3,27% e papel higiênico 1,36%. Lâmina de barbear e absorvente registraram queda, respectivamente, de 1,19% e 1,08%.
 
No que se refere ao grupo Limpeza Doméstica (sete produtos), a alta foi de 0,55%, destacando os seguintes produtos: esponja de aço 2,26% e sabão em pó 1,33%. O detergente registrou queda de 1,75%. Desinfetante, cera em pasta, sabão (barra) e água sanitária mantiveram os preços inalterados.

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