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Indústria brasileira já sente efeitos da crise

Por Redação
05/12/2008 • 06h00
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Os efeitos da crise econômica internacional já começaram a ter reflexos na indústria. Indicadores do mês de outubro divulgados ontem (4) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram desaceleração na atividade industrial.

De acordo com o gerente-executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, já há sinais negativos para o setor. “Agora, o que temos são sinais de inflexão. Isso já é reflexo da crise internacional”, afirmou.

Ele acrescentou ainda que este é o primeiro reflexo da crise econômica no setor e este cenário deve continuar no início de 2009. O faturamento da indústria em outubro caiu 0,2 % em relação a setembro. Contudo, no acumulado do ano, há alta de 8% em relação ao mesmo período de 2007.

Castelo Branco alertou que os efeitos da crise serão mais perceptivos nos indicadores dos três últimos meses. “Este último trimestre será de ajustes na indústria”, avaliou. Ele disse ainda que uma sondagem feita pela CNI com diversas empresas mostra que algumas já estão revendo investimentos por causa da crise mundial.

O gerente da CNI também chamou atenção para dois reflexos da crise que atingem diretamente a indústria: a queda do crédito e a redução da demanda. O primeiro afetou principalmente as indústrias de exportação e o segundo poderá ter efeitos nos índices de emprego.

“A virada no ano, o período depois do Natal, é fraco para o emprego. Se esse período já não é o mais favorável e já temos a caraterização de uma inflexão na atividade industrial, o mercado de trabalho vai mostrar no inicio do ano uma situação um pouco menos favorável e a redução do emprego industrial em algum momento”, explicou.

O emprego na indústria teve alta em outubro (0,1%) na comparação com setembro. E no acumulado do ano cresceu 4,3% em relação ao mesmo período de 2007.

Já as horas trabalhadas diminuíram 0,3% em comparação a setembro, mas aumentaram 4,9% quando comparadas com as de outubro de 2007. A massa salarial caiu 0,6% em outubro, em relação ao mês anterior. Quando a comparação é com outubro do ano passado, houve alta de 3,8%.

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