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Servidores não vão acatar recomendação do MPF

Por Redação
20/08/2012 • 15h10
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 Lourival Santos, professor de história e coordenador do setor de comunicação do comando de greve em Três Lagoas, entendeu que a ação do Ministério Público Federal (MPF) é apenas uma recomendação e garantiu que os servidores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) do município não pretendem retomar as atividades. “A ação ainda não foi julgada então não a vejo como uma determinação”, disse.

Santos enfatizou que todas as ações realizadas no período de greve, que já dura 65 dias, estão dentro da legalidade. Ele disse ainda que os alunos que fazem trabalhos de conclusão de curso e os estagiários estão sendo atendidos normalmente pelos professores universitários desde que a greve nacional foi iniciada.

“Não faz sentido oferecermos aulas para turmas dos últimos semestres porque não existem turmas. O que o MPF pede é simplesmente impraticável”, disse. Santos explicou que cada aluno pode escolher as disciplinas que quer cursar. “A maioria dos universitários escolhe suas disciplinas e consequentemente alonga o curso. Não existem turmas completas do último ano em andamento”, completou.

Na opinião de Santos, o MPF poderia ter entrado com ações quando existiam apenas três professores para o curso de História, quando apenas biólogos davam aula para alunos do curso de Enfermagem e quando os alunos de Letras recebiam o diploma de professor de inglês sem saber falar inglês. “A nossa greve é justamente para que todas essas deficiências sejam sanadas. Acredito, inclusive, que é até bom que os alunos não se formem dessa maneira”, destacou.

AGENDA

Os servidores públicos federais da educação participarão da próxima sessão da Câmara de Vereadores que será realizada na terça-feira, a partir das 19h. O objetivo é solicitar o apoio dos vereadores para o movimento nacional de greve. Na quarta-feira, eles vão realizar um sarau na praça Senador Ramez Tebet, a partir das 18h30. 

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