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"Mundial foi uma experiência única"

Bracista Eduardo Ferreira alerta para situação dos brasileiros, sempre atrás de patrocínio

Por Arquivo Pessoal/Divulgação
19/09/2012 • 09h05
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O bracista Eduardo Ferreira ainda está sob os efeitos do Mundial de Luta de Braço, realizado em São Vicente (SP), no último final de semana. Devido aos excelentes resultados obtidos nesta temporada, o três-lagoense assegurou uma vaga na delegação brasileira como suplente. Ele não chegou a lutar, mas disse que se sentiu no filme “Falcão - O Campeão dos Campeões”, de 1987, um dos mais famosos da carreira do ator Sylvester Stallone.

No filme, Stallone vive Lincoln Falcão, um caminhoneiro que tenta reconquistar a confiança do filho, que abandonou quando pequeno e disputa o mundial de luta de braço visando o prêmio (um caminhão novo), para recomeçar a vida ao lado do garoto.
Mas o drama dos bracistas brasileiros é bem diferente do que o personagem vive no filme.

“Nós brasileiros precisamos de investimento. Se não tiver, estaremos longe de chegar ao topo do esporte. É como nas Olimpíadas, onde o Brasil sempre ganha poucas medalhas de ouro. Foi isso que eu vi lá”. Dentre os mais de 800 atletas de 50 países que disputaram a competição no Centro de Convenções Costa da Mata Atlântica, no centro de São Vicente, apenas 40 eram brasileiros. “Desses, no máximo, meia dúzia vive do esporte”, contou Eduardo.

Já os americanos, canadenses, búlgaros, suecos, russos, japoneses, entre outros, são todos profissionais e recebem alto investimento de patrocinadores. “Os russos são os principais. São todos muito altos, com mais de 1,80m e muito fortes. O interessante é que eles não dão uma risada, não fazem brincadeiras. Parece que entram na luta com muita raiva”.


BRASILEIROS

Eduardo contou que poucos brasileiros destacaram-se na competição. Entre eles, Chris Regiane, bracista que conquistou quatro medalhas de ouro e uma de prata, e Wagner Batoloto, o “Cabeção”, bronze na categoria 100 kg, nos dois braços. “A Chris é oito vezes campeã mundial. E é sul-mato-grossense [de Campo Grande]. Isso é um orgulho para a gente”.


EMOÇÃO
“Foi emocionante demais. Eu me senti como se estivesse no filme do Stallone. Só tinha ´fera´ lá. A única coisa ruim foi que eu não pude falar inglês com os atletas. Mas foi uma satisfação muito grande. Sem dúvida estou muito feliz por ter ido”, encerrou Eduardo.

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