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Três Lagoas, 28 de março

Para escapar de queimadas, animais invadem rodovias e são atropelados

Número de animais mortos em rodovias aumentou no inverno e tem gerado risco aos motoristas, em Três Lagoas

Por Kelly Martins
01/08/2017 • 10h00
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O número de animais silvestres mortos em atropelamentos aumentou no período de inverno, na região de Três Lagoas, principalmente por causa das queimadas. A estiagem prolongada tem contribuído para o crescimento dos focos de incêndio, em matas, florestas e unidades de conservação, que servem de moradia para os animais.

Na tentativa de escapar do fogo, eles se arriscam para encontrar um abrigo seguro, cruzam a rodovia, que também é uma ameaça. Na BR-262, por exemplo, que liga Três Lagoas a Campo Grande, motoristas relatam sobre o perigo. “Passei por lá esta semana e tinha, pelo menos, cinco animais mortos na pista. Isso é um perigo para os motoristas, que a qualquer momento podem sofrer um grave acidente”, contou o condutor Djair José Martinez.

No local, é possível encontrar tamanduá, capivaras, antas e emas. O fluxo de caminhões e carretas é intenso o que também contribui para os atropelamentos. De acordo com a Polícia Militar Ambiental (PMA), a situação nessa época do ano pode se agravar por conta dos incêndios florestais. Por outro lado, pontua que a região é rica em fauna e flora, o que contribuiu para o aumento de animais silvestres. Outro fator apontado é quanto à expansão dos eucaliptos.

A PMA ressalta que, todo incêndio por si só já é criminoso. O que é permitido pela legislação são queimadas controladas, diferente do que se vê em vegetação nativa, beiras de rodovias. 

A BR-158, que liga Três Lagoas ao município de Selvíria, Brasilândia e a outras cidades da Costa Leste, é a que mais registra casos de atropelamentos de animais silvestres, conforme levantamento da PMA. O tamanduá é o animal mais atingido por motoristas nas rodovias. 

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