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Três Lagoas, 20 de abril

Polícia prende suspeitos de matar policial aposentado

Um dos suspeitos, o sobrinho da vítima, foi preso em Corumbá, quando tentava chegar à Bolívia

Por Redação
12/03/2013 • 07h50
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A Polícia Civil, em ação conjunta com o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Sequestros (Garras) e Serviço de Inteligência da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sejusp), conseguiu identificar os suspeitos de envolvimento no assassinato do policial militar aposentado Otacílio Pereira de Oliveira, 60 anos, morto a tiros na quarta-feira passada. O homicídio desencadeou uma megaoperação na cidade, envolvendo polícias Civil e Militar de Três Lagoas e o reforço de equipes do Garras e da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe).

Conforme o delegado Regional, Vitor José Fernandes Lopes, o grupo que arquitetou a morte do cabo da reserva é composto por aproximadamente dez pessoas. Duas delas foram presas.
A primeira prisão aconteceu no último fim de semana. O suspeito, identificado como João Carlos Olegário da Silva, 19 anos, também conhecido como “AK”, foi preso em uma ação conjunta com a polícia de Presidente Prudente (SP), cidade em que ele estava escondido. Em nota, a polícia informou que o suspeito teria confirmado a participação na execução do PM. Em depoimento, ele teria, além de apontar os outros três envolvidos, informado que utilizou um revólver calibre 38 para praticar o crime. Os outros envolvidos usaram pistolas calibres 9 milímetros e 380.

De acordo com o que foi apurado pela polícia, após o homicídio, João Carlos chegou a ir para a casa dele, no Jardim Alvorada. De lá, seguiu, de ônibus, para a cidade de Castilho (SP), onde dormiu em um hotel para, no dia seguinte, seguir para Andradina e depois Presidente Prudente.  João Carlos respondia pelo crime de tráfico de drogas.

SOBRINHO
A segunda prisão aconteceu na tarde de ontem. Cleverson Messias Pereira dos Santos, 33 anos, conhecido como “Cabelo”, é sobrinho da vítima. O nome dele já havia sido levantado desde o início das investigações, mas a participação foi confirmada ontem. O suspeito foi preso em uma ação conjunta do Garras com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Corumbá. Conforme o delegado Regional, Cleverson estava no interior de uma Van e chegou a apresentar documentos falsos quando abordado, mas foi reconhecido por uma equipe do Garras, que estava em Três Lagoas desde a data do crime. “A Van utilizada na tentativa de fuga estava sendo monitorada por policiais civis desde que saiu de Três Lagoas”, disse. Cleverson, que estava foragido do Centro Penal Agroindustrial de Campo Grande, teria tido participação ativa no crime, embora, segundo Vitor Lopes, não tenha sido o mandante. “Ele chegou a ser reconhecido pelo tio, que, segundo consta, pediu a ele que parasse de atirar”, disse. Até o fechamento desta edição, o suspeito continuava prestando depoimento da sede do Garras, em Campo Grande.
A Polícia Civil também confirmou a participação indireta do Welington Rosa da Silva, morto em uma troca de tiros com equipes da Cigcoe, no dia seguinte ao crime. As investigações apontam que Welington sabia do plano de executar o policial e, dois dias antes do crime, teria participado de uma reunião entre os suspeitos na casa de Cabelo. A polícia ainda aguarda o exame de balística para verificar se a arma apreendida com Welington seria a mesma utilizada na morte do policial. 

A motivação do crime continua sendo investigada. Entretanto, informações não oficiais dão conta de um ataque arquitetado pelo crime organizado em Mato Grosso do Sul. O policial, já aposentado, teria sido escolhido por não exercer mais a função e andar desarmado. Otacílio trabalhava como mototaxista.

Conforme o delegado Regional, as investigações continuam para localizar o restante dos suspeitos. “Também estamos ouvindo mais pessoas, cujos nomes surgiram no decorrer das investigações”. A equipe do Garras deixou a cidade no domingo, mas deve continuar dando apoio às investigações. 

PM
Paralelamente às investigações da Polícia Civil, em Três Lagoas a Polícia Militar deu sequência à operação que envolve boa parte do efetivo local e apoio da Cigcoe. A ação resultou em apreensões de drogas no município. Ao todo, os policiais militares apreenderam 195 gramas de maconha, 8,6 gramas de crack e dez gramas de cocaína, além de balança de precisão e outros materiais usados para preparar e embalar drogas. Quatro pessoas foram presas, acusadas de envolvimento com o tráfico de drogas na cidade. A operação, segundo o comando da PM, tem como objetivo levar segurança à população.

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