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Mato Grosso do Sul, 19 de abril

Exército troca 2ª Cia de Infantaria por bateria antiaérea em Três Lagoas

Exército aplica alterações projetadas desde 2010 e garante funcionamento de órgão de proteção aérea na cidade

Por Ana Cristina Santos
11/06/2016 • 09h33
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A publicação de uma portaria no Diário Oficial da União pelo Comando do Exército, no final do mês passado, gerou preocupação em Três Lagoas, nesta quinta-feira (9), após divulgação de reportagem exclusiva do portal JPNews, sobre a transferência da 2ª Companhia de Infantaria para Campos dos Goytacazes (RJ), onde funciona o O 56º Batalhão. 

O esclarecimento surgiu no final da tarde, em nota do comando local do Exército. A cidade receberá a 3ª Bateria de Artilharia Antiaérea, que funciona atualmente em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul. 

As mudanças fazem parte de um projeto estratégico do Exército, iniciado em 2010, e entram em vigor em 1º de janeiro de 2017. Segundo a portaria, o 56º Batalhão poderá ser reativado em Ji-Paraná (RO).

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O mesmo projeto determinou a desativação da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, de Corumbá.

Ontem, o comandante da 2ª Companhia, major Guilherme Bottrel Carvalho, disse em entrevista, que a mudança poderá dar a Três Lagoas uma estrutura do Exército maior que a atual. “Três Lagoas tem grande importância na região. Por isso, mereceu ser contemplada dentro do estudo do Estado Maior do Exército com essa bateria”, comentou, salientando que outras alterações podem ocorrer em 2019.

A seleção e incorporação de soldados, o Fundo de Saúde do Exército, cadastro de atiradores, colecionadores e caçadores, continuarão sendo feitos na cidade.

MUDANÇAS

“Em termos de atendimento ao público externo e funcionamento não haverá mudanças. O que vai modificar é o armamento e a forma de emprego do efetivo. Deixaremos de ser uma Companhia de Infantaria para nos tornarmos uma Bateria de Artilharia Aérea. Por exemplo, teremos aqui canhões antiaéreos, que têm a função de abater aeronaves que invadirem o espaço aéreo brasileiro”, explicou.

Em razão de a atividade ser diferente da desempenhada pela 2ª Companhia, os soldados também serão transferidos. “Em Três Lagoas ficarão militares de artilharia. O material de emprego da artilharia é diferente do da infantaria e o quartel deverá passar por adaptações físicas”, informou.

O número de militares que virão para Três Lagoas, segundo o major, é semelhante a 2ª Cia ( 217).  A estrutura administrativa, inclusive, vai permanecer.

A instalação do Exército na cidade teve início com a Revolução de 1924, para permitir acesso e a movimentação de tropas militares entre os Estados do Mato Grosso e São Paulo, pelo rio Paraná.  Após a Revolução, um destacamento militar permaneceu no município. E já ocorreram outras mudanças, como a instalação do 2º Batalhão de Fronteira.

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