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Três Lagoas, 28 de março

Especialista afirma que gastrite é o ‘mal do século’

Médico afirma que de cada três pacientes que vão ao consultório, dois se queixam de gastrite

Por Redação
05/04/2017 • 16h50
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Boa parte da população já teve ou vai ter algum sintoma de gastrite - doença que, nos últimos anos, se tornou comum e que afeta cada vez mais pessoas de diferentes tipos de idade. Apesar da necessidade de tratamento para evitar complicações futuras maiores, muita gente ainda subestima os sintomas da gastrite e não procura um profissional capaz de apontar soluções. A falta de preocupação pode agravar o quadro e até mesmo evoluir para uma úlcera ou câncer.  

O médico Matheus Ramos - especializado em cirurgia geral – afirma que de cada três pacientes que vão a seu consultório, dois se queixam de gastrite.

A enfermidade se divide em dois grandes grupos: aguda e crônica. Nos dois casos, pacientes costumam se queixar de sintomas como náuseas, dores no estômago, vômitos e também de uma sensação chamada de “empachamento” - a saciedade precoce que impossibilita o término normal das refeições.

A doença está relacionada, na maioria das vezes, a uma série de maus hábitos alimentares que, com o passar do tempo, resultam em gastrite aguda. “Pode parecer que não, mas o café que você toma todos os dias é hoje classificado como um dos grandes vilões da gastrite. Além dele, outros fatores contribuem para o surgimento de uma gastrite, como o consumo excessivo de alimentos ácidos, embutidos de carne, bebidas alcoólicas, refrigerantes e também, é claro, o uso de anti-inflamatórios e outros remédios que, em grande quantidade, podem ocasionar uma gastrite”, disse o médico.

Outra grande causa da exacerbação da doença é o stress, que pode estar associado à má alimentação ou, na maioria dos casos, a longos períodos sem se alimentar, além da possível  presença da bactéria Helicobacter pylori, que “habita” no estômago. 

O diagnóstico, geralmente é feito com base na história clínica do paciente e também através de endoscopia digestiva, feita em exame invasivo que permite uma melhor avaliação do quadro do paciente. 

Sendo uma doença totalmente curável, Matheus Ramos afirma que o sucesso do tratamento vai depender muito do esforço e dedicação do paciente, já que além da medicação, o processo de tratamento conta com mudanças de hábitos alimentares, que geralmente variam de 4 a 8 semanas. Quando não cuidada de maneira certa, a gastrite pode passar de aguda para crônica. Essa evolução, segundo o especialista, está associada a automedicação - muito comum entre a população. 

Boa parte dos casos de gastrite ocorre em pessoas de meia idade e quase sempre os casos estão relacionados a uma vida atribulada e à alimentação errada. Por isso, Matheus Ramos alerta os jovens sobre os riscos. “A prevenção continua como o melhor remédio”, orienta.

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