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Depois de 26 anos, pista de atletismo volta a ser construída em Campo Grande

Idealizada pelo ex-governador Pedro Pedrossian, estrutura terá 6,7 mil m² e custo de R$ 7,6 milhões quando estiver concluída

Por Kleber Clajus
10/11/2018 • 12h20
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Estrutura dedicada ao atletismo voltou a ser construída em Campo Grande, depois de 26 anos de seu planejamento pelo ex-governador Pedro Pedrossian. A obra de R$ 7,6 milhões, incluindo repasse do Ministério do Esporte e contrapartida da prefeitura da Capital, contempla a instalação de pista emborrachada importada, vestiários e iluminação no Centro Olímpico do Parque Ayrton Senna, localizado no bairro Aero Rancho.

Para o diretor-presidente da Funesp (Fundação Municipal do Esporte), Rodrigo Terra, “Mato Grosso do Sul deixa de ser o único estado da federação sem pista de atletismo”. Ele chegou a comparar a importância do empreendimento ao do Estádio Universitário Pedro Pedrossian, o Morenão, ressaltando que a cidade poderá captar eventos nacionais e internacionais.

Um contrato para a obra foi firmado há quatro anos, mas uma decisão administrativa da prefeitura interrompeu os trabalhos. Houve, assim, necessidade de renegociação dos valores junto ao Ministério do Esporte que ampliou seu aporte de R$ 3,5 milhões para R$ 6,9 milhões, restando ao município a contrapartida de R$ 765,9 mil. 

A presidente da Federação de Atletismo de Mato Grosso do Sul, Valéria Cristina Gonçalves, ressaltou que diante da falta de uma pista com padrão internacional os atletas acabaram recorrendo, em sua maioria, a centros de treinamento em São Paulo. “Essa pista só vai de encontro aos futuros atletas para que tenham condições de igualdade com os de outros estados. Temos que motivá-los para que não desistam”, completou.

Questionado se podem ocorrer novos entraves durante a construção da estrutura de 6.729,10 m², o prefeito Marquinhos Trad (PSD) destacou que “o dinheiro está todo assegurado, a não ser que o presidente eleito [Jair Bolsonaro (PSL)] possa tomar alguma medida econômica e cortar o envio da importância para Campo Grande”.

Eventual cancelamento, contudo, é tido como improvável depois da articulação política que envolveu do presidente da Câmara, João Rocha (PSDB), ao ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, Carlos Marun.

“Conseguimos diminuir uma contrapartida impossível do município pagar, com uma correção de um custo de 2011 em 2018. Passamos a fazer parte do mapa do esporte, especificamente do atletismo, no país. Que possamos em agosto inaugurar essa pista e realizar esse sonho”, pontuou Rocha, ao considerar no prazo a comemoração do aniversário de 120 anos da Capital.

Paratleta na modalidade Petra, em que atletas com paralisia cerebral correm com os próprios pés apoiados em um suporte, Flávia Melhado é parte do grupo que aguarda a conclusão da obra para trocar pista de treinamento de terra na Vila Nasser pelo piso emborrachado importado da Alemanha, no Aero Rancho. Hoje ela já é campeã brasileira em sua modalidade.

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