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Dia do Trabalho é marcado pela retomada do emprego em todo o Brasil

Números positivos do Caged refletem ações do Ministério do Trabalho, confirmam tendência de recuperação e justificam otimismo em relação à geração de empregos

Por Redação
01/05/2018 • 11h00
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O trabalhador brasileiro tem motivos para olhar para o futuro com esperança neste 1º de maio, nas comemorações do Dia do Trabalho. Os resultados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) vêm confirmando, mês a mês, a tendência de recuperação do mercado de trabalho depois de três anos com números negativos no saldo anual. “Apesar de o índice de desemprego ainda ser expressivo, as medidas adotadas pelo governo federal desde 2016 estão revertendo essa situação e o trabalhador já pode ter otimismo. Os empregos estão de volta”, disse o ministro do Trabalho, Helton Yomura.

O otimismo tem fundamentos nos números positivos do saldo de empregos divulgados no final de abril pelo Ministério do Trabalho. Segundo o Caged, o emprego formal no Brasil apresentou aumento de 56.151 postos de trabalho em março, uma alta de 0,15% em relação ao estoque do mês anterior. Foi o melhor mês de março para o mercado de trabalho brasileiro desde 2013, quando o saldo atingiu mais de 183 mil novos postos.

No acumulado do ano, o aumento total é de 204.064 empregos, equivalente a uma expansão de 0,54% em relação ao estoque do final de 2017. Nos últimos 12 meses, houve acréscimo de 223.367 postos de trabalho, um crescimento de 0,59%. “São números animadores, que nos dão a certeza de que o Brasil segue a rota da retomada do crescimento, com mercado aquecido e a certeza de que estamos no rumo certo. Mas ainda há trabalho a ser feito para que todos os trabalhadores brasileiros possam recuperar a dignidade de ter seu emprego”, afirmou Yomura.

Da mesma forma, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a população ocupada chegou a 92,1 milhões no último trimestre de 2017, um crescimento de 811 mil trabalhadores ativos em relação ao trimestre anterior (+0,9%). Já na comparação com o mesmo trimestre de 2016, a alta foi de 2,0%.

Iniciativas - A expectativa é de que os dados continuem sendo positivos nos próximos meses, refletindo ações e iniciativas do governo e, especialmente, do Ministério do Trabalho para ajudar na recolocação dos trabalhadores no mercado. Entre elas, destacam-se o Sine Fácil, a Escola do Trabalhador e o Programa Seguro Emprego.

O Sine Fácil é um aplicativo que foi lançado em maio do ano passado e em menos de um ano – fevereiro de 2018 – atingiu a marca de um milhão de downloads. Instalado em celulares e tablets, o Sine Fácil permite que as pessoas acessem vagas de emprego, busquem informações sobre Abono Salarial, acompanhem os pagamentos de parcelas do Seguro-Desemprego e visualizem os vínculos empregatícios. Mais de 500 mil pessoas já foram encaminhadas para vagas de emprego por meio do aplicativo.

Qualificação - Outra iniciativa do Ministério do Trabalho que vem movimentando o mercado é a Escola do Trabalhador, um programa que leva qualificação profissional aos trabalhadores por meio de cursos pela internet. “A Escola do Trabalhador nasceu da constatação de que muitos trabalhadores desempregados não estavam conseguindo se colocar no mercado por falta de qualificação”, lembra o ministro.

A partir de uma parceria com a Universidade de Brasília (UnB), que realiza pesquisas para definir quais serão os cursos oferecidos, serão oferecidos um total de 50 cursos gratuitos, divididos por eixos temáticos, que podem ser feitos em qualquer computador do Brasil por todos os trabalhadores, pelo site.

Os mais solicitados até agora são de Segurança no Trabalho, Técnico de Enfermagem e Assistente Administrativo. Até o início de abril, a Escola do Trabalhador tinha 196,7 mil cadastrados e mais de 281mil matrículas. Já foram emitidos 7,28 mil certificados.

Seguro Emprego - Se por um lado o Ministério do Trabalho adotou medidas para ajudar na geração de empregos e na qualificação e recolocação do trabalhador no mercado, por outro agiu para evitar que a crise econômica provocasse mais demissões. Esse objetivo foi alcançado com o lançamento do Programa Seguro Emprego (PSE), uma ampliação do antigo Programa de Proteção ao Emprego (PPE), instituído em dezembro de 2016, por meio de Medida Provisória do presidente Michel Temer.

O PSE evita o desemprego pois permite que as empresas em dificuldades financeiras reduzam em até 30% a jornada de trabalho dos seus empregados, com diminuição proporcional de salários. O governo federal complementa 50% do valor reduzido da renda desses trabalhadores, até o teto de 65% do valor máximo da parcela do seguro-desemprego.

Até o final de fevereiro de 2018, foram deferidas 176 solicitações de 131 empresas, beneficiando 68.887 empregados que tiveram seus empregos mantidos. O montante de benefício concedido pelo governo para garantir esses empregos chegou a quase R$ 187 milhões.

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