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Meta é economizar, diz Azambuja

Por Kleber Clajus
05/01/2019 • 15h35
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Austeridade permanece como tônica de Reinaldo Azambuja (PSDB) durante seu segundo mandato como governador de Mato Grosso do Sul. Sem definir um percentual de corte nos gastos, a economia deve ocorrer na gestão de pessoal e contratos. Em contrapartida, há esperança de que o aquecimento da economia, no governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), colabore em projetos estratégicos na saúde, segurança e logística.

Em seu discurso de posse, nesta semana, Azambuja disse que, mesmo em uma conjuntura econômica marcada por “múltiplas e severas crises nacionais”, foi  possível 86% dos compromissos do primeiro mandato fossem cumpridos. Ao secretariado, declarou que “intenso aprendizado comum nos ajudará agora a não repetir erros ou insistir em soluções que efetivamente não deram a resposta esperada”.

Foram listadas como metas a regionalização de todo o sistema de saúde, melhora do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), continuidade dos projetos de expansão do saneamento, a revisão da política de segurança na fronteira, redução da burocracia com a digitalização de processos e maior conexão entre municípios por fibra ótica.

TROCA DE COMANDO
Somente quatro das nove secretarias tiveram seu comando alterado, depois da Secretaria de Cultura e Cidadania ser extinta, em dezembro. Assumiram como titulares Roberto Hashioka (Administração), Felipe Mattos (Fazenda), Geraldo Resende (Saúde) e Murilo Zauith (Infraestrutura). Resende e Zauith não faziam parte do governo no mandato anterior.

Hashioka saiu do comando do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS) com "a missão de continuar honrando o pagamento [dos servidores] em dia”. Ex-prefeito de Nova Andradina, ele terá papel importante no controle de gastos com pessoal que, em setembro do ano passado, representava 48% da receita corrente líquida - soma das receitas descontadas as obrigações constitucionais, como o repasse aos municípios.

Mattos deixou a consultoria legislativa na gestão de Azambuja para dar sequência à segunda fase do Programa de Apoio à Gestão e Integração dos Fiscos do Brasil, que conta com o financiamento de R$ 150 milhões do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e visa melhorar a administração das receitas, gestão fiscal financeira e patrimonial.

Resende abriu mão do mandato de suplente de deputado federal, com a nomeação de Tereza Cristina para o Ministério da Agricultura, admitindo que sai da “zona de conforto” para ajudar o governador no plano de regionalizar a estrutura de saúde no Estado até 2022. Ele disse que com o ex-deputado federal Luiz Henrique Mandetta no Ministério da Saúde “o trabalho em conjunto pode favorecer Mato Grosso do Sul”.

Zauith será vice-governador e secretário de Infraestrutura. Sua meta principal consiste em concluir o Aquário do Pantanal, em Campo Grande, que do orçamento original de R$ 80 milhões, há sete anos, deve custar mais de R$ 220 milhões. A obra foi alvo de investigação da força-tarefa da Lama Asfáltica, do Ministério Público, devido a denúncias de irregularidades.

Zauith pretende buscar dinheiro federal para pontes e rodovias.
Azambuja também empossou Fabíola Marquetti, primeira mulher a exercer o comando da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Até então, ela era procuradora-geral adjunta.

ARTICULAÇÃO POLÍTICA
No novo mandato, o governador reforçou sua articulação política com Carlos Alberto Assis e Sérgio de Paula. Os dois terão atribuições distintas, com o primeiro priorizando projetos de desenvolvimento para a capital e o segundo o contato com prefeitos e vereadores do interior.

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