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Mistura de etanol à gasolina deve chegar a 40% até 2030

Decisão sobre mudança de mistura depende de cálculos do Ministério da Fazenda

Por Valdecir Cremon
12/03/2018 • 14h55
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A dependência do mercado brasileiro para importação de petróleo e uma melhor utilização da planta produtiva de etanol são as bases de justificativas do governo para a proposta de ampliação gradual do percentual de etanol na gasolina, dos atuais 27,5%, para 30%, em 2022, e 40%, em 2030.

A informação faz parte do decreto de regulamentação da Política Nacional de Biocombustível (RenovaBio), sancionada em dezembro de 2017 e que prevê o aumento na participação de combustíveis mais limpos, como o etanol - segundo melhor combustível do mundo, limpo, renovável e mais barato que os fósseis.

Mas, engana-se que o preço da gasolina deve cair com a mistura mais acentuada de etanol.

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, estimativas apontam que a gasolina ficará quase R$ 0,10 mais cara por litro, até 2030, somente devido às mudanças nas regras de tributação, mesmo com a adição do combustível de cana de açúcar.

O governo aguarda nesta semana os cálculos finais do Ministério da Fazenda para definir os percentuais e a data em que cada um estará valendo. A ideia é prover um tempo para que a indústria faça adaptações em motores novos e donos de veículos usados tenham tempo para as mudanças.

Hoje, carros 0km saem de fábrica regulados para a mistura na proporção de até 27% de etonol. Até 2014, a proporção era de 25%.

Nos veículos flex, o reflexo mais direto seria o aumento no consumo de combustível, enquanto nos mais antigos (ou naqueles movidos apenas a gasolina) o reflexo dos 40% de etanol são as falhas no funcionamento do motor e a corrosão de componentes que entrem em contato com o combustível.

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