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Monitoramento das lavouras de soja controla da ferrugem asiática

Dentro do manejo de doenças, é importante que se faça a rotação de fungicidas, alterando o princípio ativo do fungicida aplicado a cada pulverização

Por Redação
07/02/2018 • 11h00
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Com o final do ciclo produtivo da soja e inicio da colheita, safra 2017/2018, a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) alerta os produtores para a importância do monitoramento constante das lavouras visando à detecção da Ferrugem Asiática, considerada a doença mais severa da cultura.

O respeito ao período de vazio sanitário, o trabalho de eliminação de plantas voluntárias de soja e o controle químico adequado, são obrigações do produtor. Essas ações, consideradas fundamentais para a redução da quantidade de esporos presentes no ambiente, são monitoradas permanentemente pela agência, que deve ser informada imediatamente quando da detecção de focos de ferrugem.

A agência lembra que, ao detectar e informar os focos da doença, o sojicultor tem ainda a obrigação, nos casos necessários, de realizar o manejo adequado da doença com aplicações dos defensivos recomendados. Em casos de descumprimento o produtor ficar sujeito as penalidades.

A Iagro deve ser avisada ainda sobre lavouras de soja que não estejam sendo monitoradas, lavouras onde se percebe elevada infestação, ou que estejam abandonadas. O contato pode ser feito pelo 0800 647 2788.

Ferrugem Asiática

Considerada uma das doenças mais severas que incidem na soja, a ferrugem asiática pode ocorrer em qualquer estágio fenológico da cultura. O principal dano ocasionado pela ferrugem é a desfolha precoce, que impede a completa formação dos grãos, com consequente redução da produtividade. Os primeiros sintomas da ferrugem se iniciam pelo terço inferior da planta e aparecem como minúsculas pontuações (no máximo 1 mm de diâmetro) mais escuras que o tecido sadio da folha, com coloração esverdeada a cinza-esverdeada.

A confirmação da ferrugem é feita pela constatação, no verso da folha, de saliências semelhantes a pequenas feridas ou bolhas, que correspondem às estruturas de reprodução do fungo (urédias). Essa observação é facilitada com a utilização de uma lupa de 20 a 30 aumentos, ou sob um microscópio estereoscópico. Com o passar do tempo, as folhas infectadas pelo fungo tornam-se amarelas e caem.

O monitoramento da lavoura desde o início do desenvolvimento da soja é muito importante para que o produtor possa iniciar o controle químico com fungicidas logo após o aparecimento dos primeiros sintomas ou preventivamente. O controle preventivo deve levar em conta os fatores necessários à ocorrência da ferrugem (presença do fungo na região, idade da planta e condição climática favorável), a logística de aplicação (disponibilidade de equipamentos e tamanho da propriedade), a presença de outras doenças e o custo do controle.

Dentro do manejo de doenças, é importante que se faça a rotação de fungicidas, alterando o princípio ativo do fungicida aplicado a cada pulverização. Desta forma consegue-se preservar a eficiência dos fungicidas por um número maior de safras, se reduz o surgimento de resistência do fungo às moléculas e fica garantido um manejo químico mais efetivo. Esta prática deve ser adotada por todos os produtores de soja para a manutenção do manejo sustentável da ferrugem da soja, com menor impacto financeiro e ambiental.

A decisão do momento da aplicação do fungicida é técnica e passa pela avaliação das condições climáticas, da presença do fungo na região, além de outros fatores. A escolha do produto tem relação com a forma de aplicação e o tamanho da lavoura. Por isso, é interessante que o produtor procure se informar junto a órgãos e entidades que compõem o Consórcio Antiferrugem. (Com informações da Semagro)

 

 

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