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Práticas milenares orientais proporcionam relaxamento e mudanças de hábitos em detentas

Técnica visa proporcionar equilíbrio emocional e muita concentração

Por Redação
22/06/2018 • 11h00
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Reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi (EPFIIZ), na Capital, estão conhecendo a meditação chinesa Tai Chi Chuan. Com repetição de movimentos suaves e lentos, a técnica visa proporcionar equilíbrio emocional e muita concentração.

A arte da meditação é oferecida de forma totalmente voluntária por profissionais especializados graças a uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), a 50ª Promotoria de Justiça, intermediada pela promotora Renata Ruth Goya, e a HUG Meditação e Relaxamento.

Iniciada há dois meses, a ação é realizada uma vez por semana de forma rotativa e acontecerá até dezembro. Cada aula tem uma hora de duração e conta com a participação de 20 reeducandas. Considerada uma arte marcial chinesa interna, o Tai Chi Chuan combina exercícios corporais milenares que envolvem a respiração, a concentração e os preceitos da Medicina Tradicional Chinesa.

O instrutor Thomas Beckett trabalha com esta prática milenar há quatro anos e destaca que é uma forma de exercitar a parte física, emocional e os valores de quem pratica. “Com a sequência de movimentos é possível atingir um alto nível de relaxamento proporcionando descanso cerebral. No caso das internas, reduz consideravelmente a agressividade e influencia no comportamento delas”, completa.

Presa há sete anos, a interna Cleicione Santos Neves, 36 anos, garante que a aula alivia a tensão vivenciada dentro da prisão. “Me ajuda a tirar a ansiedade, o nervosismo e tem contribuído para minha autoestima. Juntamente com outras atividades físicas e aliada a uma alimentação balanceada já consegui perder 10 quilos”, comemora a reeducanda.

Massagem para servidores

Como parte do projeto, os servidores penitenciários do EPFIIZ tem a oportunidade de desfrutar de uma técnica de massagem oriental, a Shiatsu, realizada pelo profissional Mário Martins. Dentre os benefícios estão o equilíbrio do humor, alívio de dores musculares e do stress, além de proporcionar relaxamento.

Segundo a diretora da unidade penal, Mari Jane Boleti Carrilho, as práticas milenares possibilitam um ambiente de trabalho mais tranquilo e humanizado. “Além do Tai Chi Chuan, temos também o yoga e ambos aumentam a qualidade de vida das internas, tirando-as da ociosidade e melhorando também na disciplina da unidade”, ressalta.

As ações de reinserção social dentro das unidades penais do Estado são coordenadas pela Diretoria de Assistência Penitenciária (DAP) da Agepen. No EPFIIZ, os trabalhos estão sendo coordenados pela agente penitenciária Janaína Ajala. (Informações da assessoria)

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