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Puccinelli perde 2ª tentativa de deixar cadeia em Campo Grande

Ministro Humberto Martins, vice-presidente do STJ rejeitou segundo pedido na sexta-feira

Por Ronie Cruz
28/07/2018 • 15h17
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O ministro Humberto Martins, vice-presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou, nesta sexta-feira (27), liminar que poderia tirar da cadeia o ex-governador André Puccinelli (MDB) e os advogados André Puccinelli Júnior e João Paulo Calves. Pedido semelhante já havia sido rejeitado pelo desembargador Maurício Kato, do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região).

Os três foram presos no dia 20 de julho em mais um desdobramento da Operação Lama Asfáltica, realizada pela Polícia Federal, que investiga desvio e lavagem de dinheiro de obras públicas. 

Ontem, Puccinelli recebeu visita da advogada Laura Cândia no Centro de Triagem Anízio Lima, na zona Leste da capital. Dez minutos depois, Laura saiu dizendo que ele estava confiante na libertação e que mantém a candidatura ao governo, nas eleições deste ano. “Isso não abalou [Puccinelli] porque os fatos alegados não são verdadeiros. Essa prisão é política. Ele saindo daqui vai à convenção naturalmente e não vai desistir”, afirmou a advogada. Agora, a defesa poderá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Também estão no Centro de Triagem o ex-deputado federal Edson Giroto e o empresário João Amorim, presos desde maio na Lama Asfáltica. Calves foi levado para o Presídio Militar.

 

CONVENÇÃO 

As prisões ocorreram as vésperas da convenção do MDB, marcada para o dia 4 de agosto em Campo Grande, data marcada para oficializar a candidatura do ex-governador. O decreto de prisão preventiva, com limite máximo de até 180 dias, foi expedido pelo juiz Bruno Cezar da Cunha Teixeira, da 3ª Vara da Justiça Federal, a pedido do Ministério Público Federal, com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), por suposta lavagem de dinheiro, mesmo após a primeira prisão do trio em novembro de 2017. 

Segundo a PF, foram reunidas novas provas no processo, como movimentações bancárias da empresa Instituto Ícone do Direito, de Puccinelli Júnior, que seriam de dinheiro proveniente da JBS, além de análises de materiais apreendidos no instituto na Operação Papiros de Lama e de materiais apreendidos.
A JBS informou que não comenta investigações em andamento. (Colaborou Valdecir Cremon)

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