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Sala Lilás no Imol humaniza atendimento de vítimas da violência

Mulheres e crianças de zero a 11 anos vítimas de violência física e sexual serão atendidas em ambiente exclusivo

Por Redação
15/11/2017 • 11h20
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Para humanizar o atendimento dado às mulheres vítimas de violência física e sexual, o Governo do Estado inaugurou nessa terça-feira (14) a Sala Lilás no Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) em Campo Grande. O ambiente, preparado para atender mulheres, meninas e crianças de forma exclusiva, é o primeiro de Mato Grosso do Sul. Mas, segundo a subsecretária de Estado de Políticas Públicas para Mulheres, Luciana Azambuja Roca, o objetivo é construir outras unidades no interior.

“A Sala Lilás é um legado para a população, que revela, efetivamente, a ação das políticas públicas para mulheres e crianças. A Sejusp [Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública] reformou uma sala com entrada exclusiva, que separa vítimas de agressores. O deputado estadual Rinaldo Modesto empenhou emenda de R$ 20 mil para aquisição de equipamentos e a Sedhast [Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho] dobrou o valor para a compra de mais mobília. Agora, estamos trabalhando para levar mais unidades da Sala Lilás ao interior”, revelou.

Mulheres e crianças de zero a 11 anos vítimas de violência física e sexual serão atendidas no ambiente exclusivo para realização de exames de corpo de delito. Conforme Luciana, a ideia de construir um espaço de atendimento especial surgiu ainda em 2015. “Conhecemos a primeira Sala Lilás do Brasil, que fica em Porto Alegre (RS) e foi idealizada pela perita criminal Andrea Brochier. Decidimos aplicar o formato aqui para dar atendimento especializado, com mais dignidade e segurança no acolhimento no acolhimento das vítimas”, completou Luciana. “É um ambiente importante para o atendimento e para dar tranquilidade e segurança para as crianças e mulheres vítimas da violência”, afirmou o governador Reinaldo Azambuja.

A violência física e sexual contra mulheres e jovens no Brasil é uma realidade revelada pelo Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Conforme o levantamento, divulgado em outubro deste ano, a cada uma hora, 503 mulheres sofrem violência de forma física e sexual no País; a cada duas duas horas, uma mulher é assassinada. Os dados de Mato Grosso do Sul também preocupam, de 1º de janeiro a 13 de novembro, 23 mulheres morreram no Estado vítima de feminicídio, uma média de duas mortes por mês.

“Por isso a Sala Lilás também funciona como uma forma de motivar e encorajar as vítimas a denunciarem a violência”, completou. Na recepção do espaço, estagiárias do Vale Universidade farão os primeiros atendimentos. “São acadêmicas de Enfermagem, Psicologia, Medicina, Assistência Social, Direito e outros cursos ligados à segurança pública e à rede de atendimento às mulheres vítimas de violência”, pontuou.

Além do governador Reinaldo Azambuja e da subsecretaria Luciana Azambuja Roca, estiveram presentes na entrega da Sala Lilás o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa; a juíza Jaqueline Machado, os deputados Rinaldo Modesto e Mara Caseiro; a promotora, Luciana Rabelo; e a coordenadora de perícias, Glória Suzuki.

(Com informações de Notícias MS)

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