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Setor rural reconhece paralisação de caminhoneiros como legítima

Categorias do setor estão a favor da redução dos impostos nos combustíveis

Por Éder Campos
26/05/2018 • 07h54
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Desde o início da greve dos caminhoneiros as cadeias produtivas do agronegócio reconhecem a paralisação como legítima. Sindicatos rurais, agroindústrias, associações de empresas de transporte, comércio e associações de produtores rurais afirmam que estão de acordo com movimento e apoiam a decisão pelo impacto direto que impostos incidentes nos combustíveis trazem ao setor. 

Segundo o presidente do Sistema Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Maurício Saito, os combustíveis têm grande peso nos custos da produção agropecuária.

“Do custo de operações agrícolas aqui no Estado, mais de 50% está vinculado ao óleo diesel”, afirma. 
Os impostos pesam em quase metade do valor pago pelo consumidor que, no caso da gasolina, alcançam a 43%. O maior impacto na carga tributária dos combustíveis é do ICMS (imposto estadual) que varia entre 25% a 34% conforme o estado. Em Mato Grosso do Sul, o governo recebe por litro R$ 1,051 de imposto. No etanol R$ 0,870, no diesel comum R$ 0,636 e no S10 R$ 0,58, de acordo com informações da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes, referentes ao período de 16 a 31 de maio de 2018. 

Outros três impostos federais engrossam a contribuição do consumidor; PIS, Cofins e Cide, juntos, aumentam a gasolina em R$ 1,703 no Estado.

DIESEL
De acordo com o produtor rural Frederico Moreno, que produz soja, eucalipto e pecuária de corte, o diesel está em todos os processos de produção. “Desde a preparação do solo, no plantio, na colheita e no escoamento nós usamos óleo diesel. O governo estadual precisa rever essa pauta”, ressalta.
Todo esse custo é repassado ao consumidor, na ponta final da cadeia produtiva. 

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