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Xadrez leva inclusão a detentas de Corumbá

Projeto é realizado no Estabelecimento Penal Feminino Carlos Alberto Jonas Giordano há um ano e oito meses, já tendo capacitado várias reeducandas

Por Redação
18/12/2017 • 17h00
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O projeto Xadrez que Liberta é realizado no Estabelecimento Penal Feminino Carlos Alberto Jonas Giordano, em Corumbá, e tem o objetivo de transformar conduta e de inclusão social pelo esporte.

Ação é realizada por meio de parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), Poder Judiciário, Conselho da Comunidade e Clube de Xadrez Pantanal.

Nesse fim de semana, a iniciativa garantiu a participação de três reeducandas do regime fechado no campeonato estadual feminino, realizado na Capital pela Federação Sul-mato-grossense de Xadrez (Fesmax). Elas puderam disputar de igual para igual com outras atletas, representando um verdadeiro exemplo de ressocialização, como estabelecido pela Lei de Execução Penal.

Apesar de nenhuma ter ficado entre as vencedoras, a experiência serviu para elevar a autoestima e reavaliar escolhas que as levaram para o mundo do crime e resultaram na prisão. “Comecei a jogar xadrez por curiosidade, e ganhei gosto. A prática desse esporte vem me ajudando muito”, revelou a interna Naira Catriani, de 21 anos, orgulhosa por ter viajado 428 km para participar da disputa, representando, com as outras duas, as demais participantes do projeto.

A iniciativa no presídio foi idealizada pelo juiz da Execução Penal de Corumbá, André Luiz Monteiro, e as aulas de xadrez são ministradas pelo professor, Augusto César Samaniego, vice-presidente da federação na Região do Pantanal. Pela participação, a cada 12 horas de aulas e prática, as alunas têm um dia na pena remido.

A diretora do presídio feminino de Corumbá, Anelize Lázaro de Lima, viajou até Campo Grande, junto com agentes penitenciários responsáveis pela escolta, para acompanhar de perto o campeonato.

Na opinião da dirigente, a atividade tem sido muito positiva na unidade prisional, refletindo diretamente na disciplina das custodiadas, já que diminui o nível de ansiedade, característico do ambiente de aprisionamento.

O diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, destacou que o xadrez é utilizado de maneira pedagógica em muitos países do mundo, pois exige muito raciocínio lógico, concentração, habilidade e conhecimento. 

O projeto Xadrez que Liberta é realizado no Estabelecimento Penal Feminino Carlos Alberto Jonas Giordano há um ano e oito meses, já tendo capacitado várias reeducandas. No torneio do ano passado, realizado em Corumbá, as detentas conquistaram a 2ª e 3ª colocações. (Com informações da Agepen)

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