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Obra do Centro de Animais Silvestres completa dois anos abandonada em Três Lagoas

Projeto inicial foi orçado em mais de R$ 1 milhão e começou a ser construído pelo governo estadual em 2015

Por Kelly Martins
09/02/2017 • 08h54
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A obra de construção do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de Três Lagoas completou dois anos de abandono e não há previsão de quando o serviço será retomado. O projeto começou a ser construído pelo governo do estado em 2015, em área pertencente à Polícia Militar Ambiental, no bairro Vila Piloto, com orçamento inicial de R$ 1 milhão. Mas, acabou suspenso logo nos primeiros meses e cerca de R$ 800 mil já foram gastos na obra.

O objetivo era receber animais silvestres em situação de risco ou acidentados e realizar os primeiros atendimentos. Também passariam por triagem para que fossem soltos na natureza ou encaminhados para o Centro de Referência de Animal Silvestre (Cras), em Campo Grande.

O Instituto do Meio Ambiente (Imasul), que é responsável pelo andamento do projeto, diz que a construção se deu por meio de parcerias com algumas indústrias de Três Lagoas. Uma delas, segundo o órgão, não fez o repasse e, por isso, não foi possível concluir 20% da obra restante. Dessa forma, o serviço foi paralisado até que a situação seja regularizada. O Imasul informou também que o governo pretende disponibilizar recurso para a conclusão do Cetas.

A equipe de reportagem esteve no local e constatou alguns problemas na estrutura. Seriam necessários R$ 200 mil para terminar o Centro de Triagem, entretanto, devem ser gastos mais de R$ 300 mil para que finalmente o Centro de Triagem inicie os atendimentos.

Gasto público

É a Polícia Militar Ambiental  (PMA) que realiza o transporte dos animais até a capital. Pelo menos quatro vezes ao mês uma equipe composta por dois policiais levam os animais capturados em Três Lagoas para Campo Grande, uma logística de quase 700km. O que rende custa aos cofres públicos quase R$ 300 apenas para o combustível.

“Não temos um efetivo grande e nem muitos veículos. Se uma equipe viaja para este tipo de procedimento ficamos em falta com as atividades na cidade. Se o Cetas fosse concluído facilitaria muito e evitaria esse gasto desnecessário. Os animais só seriam levados em situações mais complexas”, avaliou o comandante da PMA, Yuri Fernandes. 

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