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Três Lagoas, 23 de abril

Cerca de 52 mil venezuelanos já pediram asilo no primeiro semestre

Estados Unidos(18.300 pedidos), Brasil (12.960), Argentina (11.735), Espanha (4.300), Uruguai (2.072) e o México (1.044) são os países mais procurados

Por Redação
14/07/2017 • 11h39
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O número de pedidos de asilo apresentados por cidadãos venezuelanos no primeiro semestre desse ano é quase o dobro dos apresentados durante todo o ano de 2016, alertou hoje (14) a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). Os Estados Unidos(18.300 pedidos), o Brasil (12.960), a Argentina (11.735), a Espanha (4.300), o Uruguai (2.072) e o México (1.044) são os países mais procurados. A informação é da agência Télam.

Durante todo o ano passado, cerca de 27 mil venezuelanos apresentaram pedidos de asilo em vários países, uma cifra que tem crescido até alcançar os 52 mil pedidos de janeiro a junho deste ano.

"Estes dados representam apenas uma fração do total de venezuelanos que podem necessitar de proteção internacional, dado que muitos não se registram como solicitantes de asilo, apesar de que fugiram por causa da violência e da insegurança, assim como pela incapacidade de poder sobreviver", afirmou numa coletiva de imprensa o porta-voz da Acnur, William Spindler.

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"Graças a uma larga tradição de solidariedade nos países latinoamericanos, os cidadãos venezuelanos podem residir nos países limítrofes sob distintos tipos de residência temporária”, disse Spindler. Ele alertou contudo que "por causa de obstáculos burocráticos, de períodos de espera muito grandes e do alto preço das taxas, muitos venezuelanos optam por ficar numa situação irregular, em vez de usar os procedimentos de asilo ou migratórios para se regularizar".

Segndo a Acnur, muitos dos 300 mil venezuelanos que residem na Colômbia, dos 40 mil em  Trinidad e Tobago, e dos 30 mil no Brasil "podem estar nesta situação".

Julgamento militar

Por outro lado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos pediu ao governo venezuelano que não use a Justiça Militar do país para julgar civis, uma prática a que têm sido submetidos quase 50 pessoas e a que o governo não parece querer renunciar.

"Urgimos ao governo que deixe de usar imediatamente a Justiça Militar para julgar civis, algo que é contrário à lei internacional de direitos humanos, particularmente com respeito ao devido processo e garantias", afirmou a porta-voz do órgão, Elizabeth Throssell.

O vice-presidente da Venezuela, Tareck el Aissami, advertiu ontem que a Justiça Militar encarcerará aqueles que obstaculizem a eleição da Assembleia Constituinte, que terá lugar no próximo dia 30 e a que se opõe a oposição.

(Informações da Agência Brasil)

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