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Três Lagoas, 26 de abril

Comitê pede proteção aos direitos dos cidadãos da UE no Reino Unido

Comitê também pediu ao governo da primeira-ministra Theresa May que defina como vai estabelecer um novo sistema de imigração

Por Redação
06/03/2017 • 15h01
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Um comitê de políticos da Câmara dos Comuns do Reino Unido pediu ontem (5) ao governo da primeira-ministra, Theresa May, que tome uma decisão unilateral para proteger os direitos de 3,2 milhões de cidadãos de países da União Europeia (UE) que vivem na Grã-Bretanha.

O Comitê Especial para a saída do Reino Unido da UE, formado por parlamentares de vários partidos, unanimemente concordou em seu relatório que o governo de May deve agir agora. Os deputados pediram ao governo que proteja os cidadãos britânicos que residem em outros países da União Europeia e também os cidadãos da UE que vivem na Grã-Bretanha, para que não percam os seus direitos aos cuidados de saúde e às pensões depois do Brexit.

"Os cidadãos da UE que vieram viver e trabalhar aqui contribuíram enormemente para a vida econômica e cultural do Reino Unido, trabalharam duro, pagaram os seus impostos, criaram raízes, integraram e criaram famílias," disse o parlamentar do Partido Trabalhista Hilary Benn, presidente do comitê.

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Sem voto e sem certezas

"Eles não tiveram [direito a] voto no referendo da UE, mas o resultado os deixou vivendo sob uma nuvem de incertezas e estão compreensivelmente preocupados com seu direito de permanecer [no Reino Unido] e seus futuros direitos de acesso à educação e aos cuidados de saúde. Igualmente, os britânicos que vivem e trabalham no continente estão preocupados com seu direito ao trabalho e acesso a cuidados de saúde depois do Brexit", disse o relatório aprovado pelo comitê.

"Os cidadãos da UE no Reino Unido e os cidadãos britânicos na UE estão cientes das próximas negociações, mas não querem ser usados como moeda de troca. Embora o governo britânico tenha dito que quer que os cidadãos da UE possam permanecer, não ofereceu garantias suficientes de que os direitos e o estatuto de que gozam serão garantidos. Agora deve fazê-lo," acrescentou.

O presidente do comitê, Benn, frisou que “dar documentos de residência a todos os candidatos [da UE]  potencialmente elegíveis [a permanecer no Reino Unido] usando o sistema atual levaria o equivalente a 140 anos."

O comitê também pediu ao governo da primeira-ministra Theresa May que defina como vai estabelecer um novo sistema de imigração a ser implementado dentro de dois anos e quais serão as regras para os migrantes da UE quando a liberdade de movimento terminar. (Agência Brasil)

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