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Três Lagoas, 19 de abril

Menino separado do pai nos EUA deve voltar ao Brasil nesta semana

Criança havia sido separado do pai depois de ambos terem atravessado a fronteira entre o México e os Estados Unidos

Por Redação
18/07/2018 • 08h30
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O ministro dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha, disse nesta terça-feira (17), em Nova York, que o menino brasileiro, de 7 anos e que está em um abrigo na cidade, deve ser entregue ao pai ainda nesta semana, e ambos devem retornar ao Brasil. Segundo o ministro, o retorno ao país é a vontade da família.

“Essa criança está em uma situação específica, porque ela e o pai querem voltar para o Brasil”, disse Rocha.

O menino havia sido separado do pai, que, segundo o ministro, está no Texas, depois de ambos terem atravessado de maneira supostamente ilegal a fronteira entre o México e os Estados Unidos. A visita de Gustavo Rocha a Nova York teve como foco a visita à instituição onde está o garoto, já que, de acordo com o ministro, havia uma preocupação maior com esse caso, pelo fato de o garoto ser o único brasileiro no abrigo e não haver crianças de sua idade para conversar em português. Segundo Rocha, isso poderia gerar uma “situação de vulnerabilidade maior”.

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Conforme Gustavo Rocha, uma das psicólogas do abrigo, visitado nesta terça-feira (17), fala português. Rocha disse que o abrigo tem boas condições, que a criança divide o quarto com apenas mais um menor, estuda diariamente e tem horário para lazer e esportes, assim como nos abrigos visitados por ele em Chicago.

Segundo o ministro, os abrigos não são os mesmos daqueles que apareceram em fotos divulgadas pela imprensa internacional, que mostravam as crianças em locais com grades, dormindo em colchões no chão e com cobertores de alumínio. “É um abrigo bem estruturado, mas isso não traz nenhum tipo de conforto nem alento”, disse o ministro, destacando que a política do governo norte-americano de separar famílias “é um absurdo”. O ministro também qualificou a política de inaceitável.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, já havia classificado a prática como cruel. Segundo dados do Itamaraty desta terça-feira (17), ainda há 40 crianças separadas dos pais nos Estados Unidos como decorrência da política de tolerância zero com a imigração ilegal promovida pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desde maio.

A Justiça norte-americana ordenou que o governo dos Estados Unidos reunifique todas as famílias separadas até o próximo dia 26, mas ainda não está claro como será feita. (Informações da Agência Brasil)

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