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Conab prevê 232,6 milhões de toneladas de grãos para safra 2017/18

Mesmo com atraso, chuvas garantiram boa produtividade da soja. Milho está ameaçado

Por Éder Campos
10/05/2018 • 18h35
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) apresentou o 8º levantamento para a safra de grãos 2017/2018 nesta quinta-feira (10). O órgão prevê 232,6 milhões de toneladas, superando a previsão inicial de outubro de 2017, que era de 224,17 a 228,21 milhões de toneladas. Se confirmado, o resultado será  o segundo maior da história. Na safra anterior foram 237,7 milhões de toneladas.

A estimativa de área é também destaque, com a entrada de números das culturas de inverno e outras, podendo se tornar a maior da série histórica, ou seja, de 61,5 milhões de hectares.

Apesar do decréscimo de 2,1% em comparação à safra passada, o número é elevado em relação à média de produção nacional em condições atmosféricas normais. Na comparação com a pesquisa de abril, a estimativa revela aumento de 1,3%, ou de cerca de 3 milhões de toneladas.

Os maiores volumes são da soja, responsável pelo bom desempenho produtivo e cujo avanço da colheita vem confirmando a boa produtividade, e do milho total. A leguminosa registra 117 milhões e o cereal 89,2 milhões de toneladas. Já o milho de segunda safra responde por 70% da (62,9 milhões de t), cabendo ao milho primeira safra 26,3 milhões de t.

Na sequência de aumento da produção, vem o algodão em pluma, com volume de 1,9 milhão de toneladas, algo em torno de 27% a mais que a safra anterior. O feijão de segunda safra também registra bom desempenho, com aumento de 10,2% e colheita de 1,32 milhão de toneladas.

Mais renda

O coordenador geral da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Sávio Pereira afirmou o seguinte: “Nós estamos melhor do que o previsto, porque o primeiro anúncio de intenção de plantio, falávamos em colher cerca de 226 milhões de tonelada”.

Sávio Pereira destacou ainda que “além de uma safra positiva, a notícia sobre a renda a ser alcançada pelo produtor também é muito boa. É uma safra rentável notavelmente nos casos da soja e do algodão. E mesmo para o milho. Havia uma expectativa de preços menores, mas o comportamento do mercado externo puxou para cima também o preço desse produto”.

Área maior da história

No término do plantio das culturas de segunda safra, a estimativa de área de plantio para o feijão e as culturas de inverno sinalizam crescimento de área, a maior da série histórica, ou seja, de 61,5 milhões de hectares, com incremento de 1,1%.

Na ordem crescente de ganho absoluto de área plantada, vem a soja com 1,2 milhão de hectares, o algodão (236,8 mil ha) e o feijão segunda safra (132,6 mil ha). Com isso, a área total da soja ficou em 35,1 milhões de hectares, seguida do feijão segunda safra (1,6 milhão ha), e do algodão (1,2 milhão ha).

Milho

Com o atraso do plantio da soja por conta das chuvas que retardaram no início da safra, o milho safrinha está sentido os efeitos, pois foram plantados na última janela ideal. Em Mato Grosso do Sul, a Aprosoja já contabiliza 30% de quebra até o momento. Para o presidente da entidade Juliano Schmaedecke há frustração por parte dos produtores. “Momento difícil para a agricultura do MS. Esperávamos uma boa safra, mas infelizmente o clima não ajudou. Algumas regiões com 45 dias sem chuvas. Só nos resta esperar para ver o que vamos salvar”, disse.

Previsão inicial do estado era o de colher cerca de 9 milhões de toneladas.

 

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