Vivemos um momento onde é absurdamente preciso explicar o óbvio: policiais são seres humanos. A inversão de valores tem tomado rumos tão absurdos em nosso país que alguns jornalistas, artista e políticos, do alto de suas “torres de marfim”, protegidas por homens fortemente armados, pedem o fim da Polícia Militar.

Anos de uma ideologia nefasta que criminalizou policiais, romantizou a vida no crime e vitimizou bandidos tem nos passado um recibo caro: policiais caçados, baleados e executados nas ruas de todo o país – é a pena de morte vigente no Brasil - e os que sobrevivem, quando não mutilados ou fadados a uma cadeira de rodas, se definham na depressão, na angústia, no medo, na incerteza da vida, da dor existencial de quem se arrisca a morrer para salvar alguém e, em muitos casos, tem sua morte comemorada por asseclas de partidos ideologicamente alinhados com a impunidade e a proteção a bandidos.

Há um cansaço da população em relação a uma parcela da imprensa, de políticos, de artistas e de grupos de professores - principalmente universitários - que, no conforto de suas salas climatizadas e acarpetadas, aos goles de um Whisky Escocês e aos tragos de um Gurkha Black Dragon, se colocam como os paladinos dos direitos humanos e elaboram teses e críticas sobre segurança pública, destilando sua embriaguês pós altas doses de Escola de Frankfurt, enquanto o “operário da segurança pública”, policial militar, está subindo o morro, entrando na mata, pulando muros e tomando tiro perseguindo bandidos. Se há uma parcela que não cumpre essa função e se entrega ao crime ou a práticas abusivas que seja presa, mas esta não pode manchar uma corporação.

Onde estão estes políticos, esta imprensa, estes professores e estes artistas quando uma criança fica órfã, quando uma mulher fica viúva e quando pais perdem seus filhos seja no combate ao crime ou no combate às consequências psicológicas da vida de combate ao crime? Ninguém sabe.

Mas, eles surgem rapidamente, brotam dos cantos, saem pelas torneiras e surgem nos ares se você ousar negar um banho de sol a um bandido.

"Que país é esse?"