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Três Lagoas, 18 de abril

Confirmado primeiro caso de mormo equino do ano em MS

Proprietário do animal conseguiu na Justiça uma liminar e cavalo não será sacrificado

Por Tatiane Simon
01/02/2016 • 12h01
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O estado de Mato Grosso do Sul tem a confirmação do primeiro caso de mormo equino - enfermidade infectocontagiosa – em um cavalo no município de Aquidauana – região Oeste do Estado. O caso foi confirmado pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) de MS na manhã desta segunda-feira, 1º, no site oficial da Iagro.

Em nota, a Agência informou que o animal passou por dois exames, um de sangue e um de reação, ambos os testes apontaram positivo para a doença.

O cavalo, no entanto, ainda não foi sacrificado devido a uma ordem judicial que o proprietário do animal conseguiu.  Em geral, a Iagro sacrifica e incinera o animal na própria propriedade rural, porém, com esta liminar, a Agência não entrou ainda na propriedade para fazer o controle da doença e os exames nos demais animais da fazenda.

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O primeiro caso de mormo equino em Mato Grosso do Sul no ano passado foi registrado no mês de abril.

A DOENÇA

O mormo é uma doença infectocontagiosa grave que acomete os equídeos (equinos, asininos e muares), mas que pode acometer outras espécies de maneira acidental, como o homem (zoonose), carnívoros e pequenos ruminantes.  A doença é causada pela bactéria Burkholderia mallei, que ocasiona alta taxa de mortalidade nos equídeos e, no homem é fatal. Os sinais clínicos mais frequentes são: febre, tosse e corrimento nasal. A doença pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo que a forma crônica, geralmente, ocorre em equinos e a forma aguda em muares e asininos. Em equídeos os sinais são classificados em três categorias: nasal, pulmonar e cutânea.

A principal via de infecção é a digestiva, podendo ocorrer também pelas vias respiratórias, genital e cutânea. Animais infectados e portadores assintomáticos são importantes fontes de infecção.

A disseminação do agente no ambiente ocorre através da água, alimentos (forragens, melaço), fômites (bebedouros, cochos, equipamentos de montaria compartilhados). A mosca doméstica também pode contribuir para a disseminação da bactéria.

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