A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) decidiram revisar para baixo as estimativas da safra 2015/16 de soja no Estado. O motivo para a decisão foi a irregularidade climática - chuvas em volume abaixo do previsto e temperatura elevada para os dois períodos - no Centro-Oeste nos períodos de brota e de início de colheita, na safra passada.
A área projetada em 3,35 milhões de hectares (0,74% a mais em relação à temporada anterior) deve produzir 9,8 milhões de toneladas - menos que as 10,4 milhões de toneladas previstas no início de outubro, de acordo com as entidades.
“Há locais com necessidade de replantio e estresse hídrico. Haverá perdas, mas ainda não são generalizadas. Em grande parte do Sudoeste [principal região produtora de Goiás], por exemplo, as lavouras estão em bom estado. No geral, a situação de Goiás ainda é melhor que a do ano passado”, explica o consultor técnico da Aprosoja-GO, Cristiano Palavro, em publicação na internet.
Na safra 2014/15, o Estado colheu 8,6 milhões de toneladas, afetado por um longo período de estiagem no mês de janeiro.
No momento, é crítica a situação das lavouras na porção Norte-Nordeste de Goiás. O plantio na região está atrasado devido à falta de chuvas – em novembro, as precipitações ficaram abaixo da média, e em dezembro, há locais onde nem choveu. Produtores que conseguiram plantar já projetam perdas de 20% a 30%.
Com o calendário oficial de plantio deste ano prestes a encerrar, em 31 de dezembro, a Aprosoja-GO e a Faeg solicitaram à Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) a prorrogação dessa data para que os agricultores da região consigam finalizar a semeadura.