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Três Lagoas, 26 de abril

Escolas de Campo Grande terão aulas em tempo integral

Mais de 500 estudantes de Campo Grande terão ensino integral

Por Secom/Mato Grosso do Sul
27/11/2015 • 11h47
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A Secretaria estadual de Educação (SED) realizou nesta quinta-feira (26), no auditório do Centro de Educação Profissional Ezequiel Ferreira Lima (Cepef), em Campo Grande, o segundo encontro presencial do curso híbrido “Educação Integral e o Desafios da Aprendizagem”, com palestra do professor Pedro Demo para as diretoras, coordenadores pedagógicos e professores das escolas estaduais Waldemir Barros da Silva, da Vila Moreninha I, e Manoel Bonifácio Nunes da Cunha, do Jardim Tarumã, unidades da Rede Estadual de Ensino que passarão a oferecer, em 2016, educação integral em tempo integral, beneficiando mais de 500 estudantes da Capital.

Para Pedro Demo, é preciso que as escolas tenham estudantes e professores que sejam autores do aprendizado, substituindo as disciplinas e provas por produções diárias, ampliando as quatro horas diárias de aula por oito, mas com mais qualidade. “Queremos que o professor não fique só olhando para o estudante, ele tem que olhar para si também. Enquanto o estudante lê, o professor lê também, saindo da função de capataz para ser educador”, explicou.

De acordo com o professor, os profissionais das duas escolas escolhidas estão engajados e conscientes da necessidade de mudança. “É preciso passar de sistema de ensino para sistema de aprendizagem, mas uma escola diferente só se faz com um professor diferente. Temos aqui hoje professores amadurecidos, que querem mudar e nos encorajam a seguir em frente”, afirmou.

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A secretária de Estado de Educação, Maria Cecilia Amendola da Motta, acredita que para esta nova metodologia dar certo é preciso cuidar do professor para que ele faça a diferença no trabalho do dia a dia, com foco na aprendizagem dos estudantes. “Estamos focados na elaboração e execução de projetos de educação integral, educação a distância, plataformas virtuais e formação continuada dos gestores, coordenadores pedagógicos e docentes. Os professores precisam acreditar que eles podem mudar a educação e esta metodologia, de educação integral em tempo integral, é o início para o avanço da aprendizagem dos estudantes”, destacou.

“Sair da escola do século passado para acompanhar os estudantes com cabeça digital”, assim a diretora da EE Manoel Bonifácio Nunes da Cunha, Leonor Viveiros, a Leninha, definiu a mudança para a educação integral em tempo integral. “Temos que ver novas formas para que o estudante aprenda e uma delas é a pesquisa, que traz resultados em longo prazo e ainda valoriza o professor, porque ele aprende durante o serviço e assim, trabalha melhor”, disse.

Ernângela Maria de Souza Calixto, diretora da EE Waldemir Barros da Silva, destaca que toda a escola que se dedicar à produção do conhecimento, pesquisa e iniciação científica formará estudantes pesquisadores, prontos pro ensino superior. “O caminho do Brasil é trabalhar com a educação integral, não só no tempo de permanência na escola, mas no tempo de aprendizagem, com a metodologia da iniciação científica. Vamos preparar esse aluno pra seguir em frente e ter melhores condições no mercado de trabalho”, ressaltou.

No período da tarde, professor Pedro Demo esteve na SED para o encerramento do curso híbrido “Escola Contemporânea e os Desafios da Aprendizagem”, com carga horária de 100 horas e a participação de coordenadores pedagógicos das escolas de tempo integral de Campo Grande e supervisores de Gestão, realizado com objetivo de educar pela pesquisa, autoria e iniciação científica.

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