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Três Lagoas, 24 de abril

Estado deve vacinar 20 milhões de bovinos contra aftosa

Em Três Lagoas, Iagro estima que deverão ser imunizados pouco mais de 590 mil animais contra a doença

Por Reprodução
16/05/2013 • 08h54
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Mato Grosso do Sul deverá vacinar aproximadamente 20 milhões de bovinos contra febre aftosa até o dia 31 de maio, para a região do Planalto, à qual Três Lagoas pertence. Conforme informações da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), apenas em Três Lagoas, deverão ser imunizadas aproximadamente 596 mil cabeças. 

A campanha de vacinação contra a doença teve início no dia 1º, e visa vacinar todo o rebanho sul-mato-grossense – de mamando a caducando. Até a última quinta-feira, a agência já havia registrado o total de 6,624 mil animais imunizados.

A expectativa, porém, é de chegar à mesma cobertura registrada nas campanhas anteriores. Ainda segundo a diretoria da Iagro, que fica em Campo Grande, na última campanha realizada no ano passado, o Estado vacinou pouco mais de 20.505 milhões de animais, o equivalente a uma cobertura de 99,9% do rebanho, como apontado no programa Saniagro. 

Esta é a primeira etapa da campanha de vacinação em Mato Grosso do Sul neste ano. A segunda acontece em novembro. Para vacinar seus animais, os pecuaristas precisam realizar a compra das doses, aplicação da vacina e registro dela através da internet em até 15 dias após a vacinação.

Para o pecuarista que não realizar a vacinação do rebanho, a diretoria da Iagro alerta que, além de estar deixando os próprios animais como o de seus vizinhos em risco, ele também corre o risco de ser penalizado. Entre as penalidades, estão a aplicação de multa e também a interdição da ficha sanitária da propriedade, o que impede o comércio e o trânsito dos animais. 

EXPORTAÇÕES
Além disso, o registro de casos da doença pode afetar a economia do Estado.

Atualmente, Mato Grosso do Sul possui um dos maiores rebanhos brasileiros. São aproximadamente 20 milhões de animais - índice que corresponde a 40% da exportação de carne bovina do país.

Desde 2001, o Estado é habilitado a exportar e possui o Certificado Internacional de região livre de febre aftosa com vacinação. O título, segundo a Iagro, “é fruto do reconhecimento mundial à luta que Mato Grosso do Sul vem travando contra a doença, nos últimos anos”.

Entretanto, o alerta continua: “A febre aftosa vem constantemente ameaçando o conceito do Brasil no ranking de maior exportador de carne bovina do planeta”, explicou a diretoria, por meio de e-mail.

Para exemplificar esse risco, a agência cita o caso registrado em meados de 2005, quando houve um surto da doença em bovinos no município de Eldorado, a 430 quilômetros de Campo Grande. Os casos resultaram na suspensão temporária da zona livre de aftosa.  Na época, os produtores sul-mato-grossenses brindavam à marca de quase um milhão de toneladas de carne bovina exportada em 2004.

“Com o ressurgimento do foco de febre aftosa, a saúde financeira no Estado acabou sendo prejudicada devido ao embargo da carne sul-mato-grossense em mais de cinquenta países, incluindo a Rússia - o maior importador da carne brasileira”, lembrou a diretoria da Iagro.

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