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Três Lagoas, 22 de abril

Ex-diretor do HU em MS, investigado pela PF, é exonerado do cargo

Exoneração foi publicada nesta segunda no Diário Oficial da União

Por Redação
06/05/2013 • 16h55
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Foi publicada nesta segunda-feira (6), no Diário Oficial da União, a exoneração de José Carlos Dorsa Vieira Pontes, ex-diretor do Hospital Universitário de Mato Grosso do Sul. Ele estava afastado do cargo desde o dia 19 de março, época em que a Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), desencadeou a operação Sangue Frio, que investiga a suspeita de crimes de fraude em licitações em obras, formação de quadrilha, corrupção passiva e peculato. Ele é um dos investigados.

À época, o afastamento foi determinado pela Justiça pelo prazo de 60 dias. Agora, a exoneração, conforme a publicação em diário oficial, foi a pedido e é assinada pela reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Célia Maria Silva Correa Oliveira.

A exoneração ocorre um dia depois da reportagem exibida pelo Fantástico, que dá detalhes da operação Sangue Frio, como sessões de quimioterapia em pacientes que já tinham morrido. Além do HU, que era dirigido por Dorsa, as ações também atingiram o Hospital do Câncer do estado e seu ex-diretor, Adalberto Siufi.

As investigações, que ainda não foram concluídas, começaram em 2012 com o objetivo de apurar o fato do serviço médico de radioterapia estar há algum tempo sendo prestado a pacientes do SUS apenas pelo setor privado. A apuração contou com elementos colhidos pelo Ministério Público Federal em inquérito da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, que apurou o processo de reativação e normalização dos serviços de oncologia e radioterapia de hospital público.

A PF afirma, durante as investigações, que se trata de um "conluio entre Adalberto Siufi e José Carlos Dorsa para manter desativada a radioterapia do Hospital Universitário para que os pacientes fossem encaminhados ao hospital do câncer e de lá para a clínica", do próprio Adalberto.

Divisão
Imagens do circuito interno de segurança de uma agência bancária em Campo Grande, gravadas no dia 10 de agosto de 2012, mostram o atendente de um banco entregando vários maços de dinheiro a um homem, que em seguida repassa a Antônio Carlos Canteiro Dorsa, conhecido como Cacaio. Ele é primo e assessor de José Carlos Dorsa Vieira Pontes. Para a polícia, Cacaio recebia propina de fornecedores e dividia com Dorsa.

Segundo as investigações, Cacaio também era funcionário de uma empresa que prestava serviços ao hospital, e duas operações foram feitas no atendimento registrado pelas câmeras. Um saque de R$ 48 mil e um depósito de R$ 4 mil na conta de Cacaio. De acordo com a Polícia Federal, era em operações como essa que Cacaio recebia propina.

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