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Três Lagoas, 26 de abril

Ex-Misto, jogador de Andradina leva time da Polônia a sonhar com acesso

Meia-atacante do Radomiak Radom, Leandro Rossi é o artilheiro da terceirona polonesa e a principal esperança do clube

Por Jonas Turolla
25/03/2017 • 15h35
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O que o Radomiak Radom, clube que disputa a terceira divisão do Campeonato Polonês (II Liga), e o Misto tem em comum? Duas palavras: Leandro Rossi. Nascido em Andradina, o meia-atacante de 28 anos, que defendeu o clube três-lagoense em 2010, é o principal responsável por fazer a cidade de Radom, localizada a 100 quilômetros da capital Varsóvia, voltar a sonhar com um retorno à elite, algo que não acontece desde 1985.

Artilheiro da terceira divisão do Campeonato Polonês com 10 gols em 19 jogos, o brasileiro passou por poucas e boas antes de começar a 'brilhar' no país. Revelado pelo Rio Verde/GO, o jogador, que rodou por times como Araçatuba, Rio Preto, Jacareí, Internacional da Paraíba e Boa Esporte, chegou a desistir de jogar futebol após voltar de uma excursão pela Polônia, ainda no início da carreira.

"Passei um período na Polônia, entre 2007 e 2008, fazendo uma excursão com um time de brasileiros bancado por um empresário polonês. Só que esse empresário inventou de comprar o Internacional da Paraíba. Foi quando eu voltei para o Brasil. No entanto, ele parou de investir e eu acabei ficando quase dois anos sem jogar futebol porque tinha assinado contrato com um clube polonês e não conseguia a minha liberação para poder atuar em outro lugar. Foi aí que eu desanimei", contou. 

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O período de excursão em solo europeu também rendeu boas histórias. Uma delas, aliás, poderia ter mudado o rumo da sua carreira. "Lembro como se fosse hoje. Em 2008, estivemos na Turquia e fizemos um amistoso contra o Fenerbahçe. Após a partida, o Zico, treinador deles na época, veio falar falar comigo e disse 'Ótimo jogo, garoto. Algumas pessoas vão falar com você e mais dois atletas'. Logo em seguida, vieram quatro empresários conversar com a gente, mas o nosso treinador nos mandou entrar no vestiário. Um tempo depois, fiquei sabendo que eles queriam nos comprar", revelou.

A volta aos gramados aconteceu justamente no Misto, por intermédio de um velho conhecido do torcedor três-lagoense. "Voltei a jogar por incentivo da minha família e por causa do Sinval. Ele era treinador do Misto na época e tentou me ajudar. Foi o técnico que mais me deu oportunidade. Mas joguei só quatro partidas pelo clube porque tive problemas de documentação", lembrou.

A ida definitiva para a Polônia aconteceu alguns meses depois e também contou com o 'dedo' de um ex-jogador, o conterrâneo Edi Andradina, que na época atuava no Pogon Szczecin. Seis anos após a sua chegada ao futebol polonês e completamente adaptado ao país, Leandro Rossi é só elogios ao atual clube. "Está melhorando cada ano que passa. A base do clube também. A cidade vai ajudar o clube a construir um novo estádio. Se nos mantivermos em terceiro até o fim do campeonato, subimos (para a segunda divisão)", afirmou.

Eleito melhor jogador da terceira divisão em 2016, o meia-atacante não descarta mudar de time caso se confirme o tão sonhado acesso, mas avisa: nada de empresários. "Já tive algumas propostas, mas nenhuma me agradou em termos de salário. Tive também assédio de uns dois empresários que diziam que me colocariam em clubes da primeira divisão desde que eu assinasse com eles antes. Só que eu não assinei", finalizou. O Radomiak Radom está na terceira colocação da terceirona polonesa, com 43 pontos em 23 jogos.

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