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Exposição destaca fósseis de invertebrados marinhos

Mostra é baseada no período geológico devoniano, situado no intervalo de tempo entre 420 milhões e 360 milhões de anos

Por Redação
07/06/2017 • 06h30
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Em comemoração aos 199 anos da criação do Museu Nacional – no dia 6 de junho de 1818, na Quinta da Boa Vista, zona norte do Rio de Janeiro – uma programação especial de aniversário foi aberta nesta terça-feira (6) e se estenderá até o próximo domingo (11). A exposição permanente “No tempo em que o Brasil era mar: o mundo há 400 milhões de anos, visto a partir dos fósseis das coleções do Museu Nacional”, com enfoque no período geológico devoniano, é um dos destaques, mostrando fósseis de invertebrados encontrados em Mato Grosso do Sul.

A programação dá início ao calendário oficial de comemorações do bicentenário da instituição, que ocorrerá em 2018. Exposições, oficinas e visitas guiadas integram as atividades que permitirão aos visitantes fazer uma viagem pela ciência, pela história e pela cultura. “Nesse período, aproximadamente 50% do território brasileiro estavam debaixo de grandes mares rasos, sobre as placas continentais. Boa parte do Brasil, nesse momento, era mar, e a vida proliferava no ambiente marinho. Eram os invertebrados marinhos os seres mais abundantes no país”, disse o curador da mostra, Sandro Marcelo Scheffler, professor do departamento de geologia e paleontologia do Museu Nacional.

Na exposição, com cerca de 80 amostras de invertebrados fósseis nunca expostas, os visitantes poderão apreciar uma reconstituição de um metro de comprimento de um trilobita, cuja espécie tinha originalmente entre 5 e 10 centímetros. “Para o público poder olhar como era esse bicho, pouco familiar à maioria das pessoas”, disse o curador.

A maioria das peças de organismos invertebrados marinhos foi coletada em estados brasileiros como Pará, Piauí, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná. Elas compõem o acervo do Museu Nacional, mais antiga coleção do gênero da América do Sul. “Nós temos fósseis de coleções históricas, como a coleção da Comissão Geológica do Império, coletada há mais de 140 anos, no século 19; da Coleção Caster, que representa o maior processo de repatriação já feito de fósseis do Brasil. Voltaram ao Museu Nacional uma tonelada de fósseis, coletadas na década de 40 por um professor da Universidade de Cincinnati, nos Estados Unidos, e que agora estão retornando ao Brasil por doação”, diz. “Só para ter uma ideia, era (uma época) muito antes do surgimento dos dinossauros, quase 200 milhões de anos antes dos dinossauros”, finaliza.

As atividades são destinadas a visitantes de todas as idades. Os ingressos custam R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia). Para menores de 5 anos e pessoas com deficiência, a entrada é gratuita. Nos dias 9, 10 e 11, a entrada será gratuita para todas as pessoas. (Informações da Agência Brasil)

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