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Três Lagoas, 24 de abril

Juiz eleitoral diz que não aceitará 'denúncias apócrifas'e faz alerta sobre redes sociais

Justiça eleitoral já adiantou que vai rejeitar denuncismo político durante campanha eleitoral

Por Ana Cristina Santos
20/08/2016 • 08h35
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Em época de campanha eleitoral é comum “chover” denúncias contra candidatos. Algumas são verdadeiras, mas muitas sem fundamento e anônimas. E essas, chamadas de apócrifas pelo juiz eleitoral de Três Lagoas, Márcio Rogério Alves, não serão aceitas pela Justiça Eleitoral.

“Denúncias apócrifas (anônimas) são aquelas em que ninguém admite que está realizando e que também não junta nenhuma prova. Quem quiser denunciar pessoalmente pode vir ao Cartório Eleitoral. Tomaremos por termo a  denúncia e determinaremos que seja confirmada. Se constatada, o candidato ou partido responderá por suas ações”, ressaltou o juiz.

Nas eleições deste ano, os eleitores terão uma ferramenta a mais para denunciar. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou nesta semana um aplicativo que vai permitir que eleitores façam denúncias de irregularidades contra candidatos ou partidos políticos.

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Chamado de Pardal, o aplicativo foi desenvolvido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) com a colaboração do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) em 2012 e agora poderá ser usado nacionalmente. Para o juiz eleitoral de Três Lagoas, o aplicativo vai facilitar a apresentação de denúncias. “A maioria das pessoas tem acesso à internet, que tem todos os dados para o preenchimento [de denúncias]. É possível, inclusive, encaminhar fotos e vídeos, que evitam denuncismo sem sentido”, destacou o juiz.

Alves ressaltou que esse tipo de denúncia “atrapalha o trabalho da Justiça”. Mas, de acordo com ele nenhuma denúncia foi registrada na cidade neste ano.  

REDES SOCIAIS
O juiz disse que as redes sociais serão ferramentas importantes para a divulgação das candidaturas. Entretanto, ressaltou que é importante aos candidatos usarem os mecanismos para apresentar propostas e não para ataques. “Qualquer tipo de ofensa, seja na propaganda eleitoral no rádio e TV, ou nas mídias sociais, será passível de responsabilização do candidato. Pelas mídias sociais, inclusive é até mais fácil de comprovar”, disse.

O promotor eleitoral José Roberto Tavares ressaltou que a Justiça Eleitoral está de “olho nos candidato”. “Se comprovada a irregularidade, o candidato pode até ter o direito cassado”, frisou.

O magistrado espera que o eleitor possa aproveitar esse momento tão importante para analisar as propostas e perfil dos candidatos. “A eleição é o momento de o cidadão ser reconhecido como tal, manifestar o seu desejo de escolha. E ele tem que fazer isso de forma tranquila”, acrescentou.

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